
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) se manifestou contra a transferência do júri de um homem acusado de matar um idoso com uma voadora na cidade de Santos. O caso, que chocou a região, está sendo acompanhado de perto pela promotoria.
Em documento enviado ao Tribunal de Justiça, o promotor responsável pelo caso argumentou que a mudança de jurisdição poderia atrasar o andamento do processo e prejudicar a busca por justiça. "O acusado não pode se esconder atrás de manobras processuais", afirmou o representante do MP.
Detalhes do caso
O crime ocorreu em 2023, quando o réu, em uma discussão, desferiu um golpe conhecido como "voadora" contra a vítima, um homem de 67 anos. O idoso não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Desde então, a defesa do acusado tem tentado transferir o júri para outra comarca, alegando que seu cliente não teria um julgamento justo em Santos devido à comoção causada pelo caso.
Posicionamento do MP
O Ministério Público rebateu os argumentos da defesa com três pontos principais:
- Não há provas de que o acusado não terá um julgamento imparcial em Santos
- A transferência causaria atrasos desnecessários no processo
- Todos os testemunhos e provas já foram coletados na região
O promotor destacou ainda que "a sociedade santista tem o direito de acompanhar o desfecho deste caso que tanto impactou a comunidade".
Próximos passos
Agora, a decisão sobre a possível transferência do júri cabe ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Enquanto isso, o processo continua tramitando na comarca de Santos.
Especialistas em direito penal ouvidos pela reportagem afirmam que casos como este costumam definir jurisprudência importante sobre mudanças de jurisdição em crimes de grande repercussão local.