Moraes vota por 17 anos de prisão para acusado de roubar bola autografada por Neymar em ato golpista
Moraes vota por 17 anos de prisão em caso de furto

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi decisivo na condenação de um homem de Sorocaba (SP) acusado de furtar uma bola de futebol autografada pelo astro Neymar Jr. durante um ato golpista. O réu foi sentenciado a 17 anos de prisão em votação que teve Moraes como relator.

O caso, que ocorreu durante as manifestações antidemocráticas de 2023, ganhou grande repercussão nacional não apenas pelo valor do objeto - estimado em R$ 15 mil - mas principalmente pelo contexto político em que o crime aconteceu.

Os detalhes do caso

Segundo as investigações:

  • O acusado aproveitou o caos durante os protestos para invadir um estabelecimento comercial
  • A bola autografada estava em exposição como peça de colecionador
  • As imagens de segurança mostraram claramente o momento do furto
  • O objeto foi recuperado dias depois em uma operação policial

Repercussão jurídica

Na fundamentação do voto, Moraes destacou que o crime não se resumia ao furto, mas estava inserido num contexto maior de ataques às instituições democráticas. A pena de 17 anos reflete:

  1. A gravidade do ato cometido durante manifestação violenta
  2. O valor considerável do objeto furtado
  3. O caráter simbólico da ação durante crise política

Especialistas em direito penal avaliam que a decisão do STF pode criar jurisprudência para casos similares que combinam crimes comuns com ações contra a democracia.