Um crime que chocou a população de Birigui, no interior de São Paulo, chega agora à fase decisória da Justiça. Dois irmãos acusados de participarem da execução a tiros de um homem que caminhava com seu filho de apenas três anos serão submetidos ao Tribunal do Júri.
O caso, que completa dois anos, remonta a uma tarde de sexta-feira, 3 de novembro de 2022, quando a violência interrompeu a rotina tranquila de um bairro residencial. A vítima, cuja identidade foi preservada, foi surpreendida por criminosos enquanto exercia uma das atividades mais simples e corriqueiras: caminhar nas ruas do próprio bairro na companhia do filho pequeno.
Detalhes chocantes do crime
Segundo as investigações da Polícia Civil, os acusados integravam um grupo que executou o homem com múltiplos tiros em via pública. A criança, que testemunhou toda a violência, sobreviveu fisicamente ilesa, mas carrega o trauma de ter presenciado o assassinato do próprio pai.
O Ministério Público denunciou os dois irmãos por homicídio qualificado, alegando que o crime foi cometido por motivo fútil e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima. As investigações apontam que os acusados teriam participado ativamente do planejamento e execução do assassinato.
Longo processo até o júri
O caminho até o Tribunal do Júri envolveu mais de dois anos de investigações, coleta de provas e tramitação processual. A decisão de enviar o caso para julgamento pelos jurados foi tomada pela 1ª Vara do Júri de Birigui, que considerou existirem indícios suficientes da participação dos irmãos no crime.
O que significa o júri popular:
- Julgamento por cidadãos sorteados da comunidade
 - Foco em crimes contra a vida
 - Decisão final sobre inocência ou culpa
 - Possibilidade de condenação ou absolvição
 
O caso representa mais um capítulo na luta contra a violência na região de Birigui e serve como alerta para a escalada de crimes brutais que têm atingido famílias inteiras, transformando vidas em estatísticas trágicas.