Fugitivo de Alagoas há 20 anos por feminicídio é capturado em Mauá, SP
Fugitivo de 20 anos por feminicídio preso em Mauá

Quase uma vida inteira se passou. Vinte anos é tempo demais para quem espera por justiça, não é mesmo? Pois bem, a história que vou contar agora parece saída de um daqueles filmes policiais que a gente vê na TV, mas aconteceu de verdade, aqui mesmo no Brasil.

Imagine só: um homem condenado pelo assassinato de uma mulher em Alagoas simplesmente desapareceu do mapa. Sumiu. Como se a terra tivesse engolido ele. E isso lá em 2005, gente. Desde então, vivia como um fantasma — até que a polícia resolveu desvendar esse mistério que durava duas décadas.

O fim da longa espera

Aconteceu em Mauá, na Grande São Paulo. A Polícia Civil, com aquela persistência que às vezes a gente critica mas que funciona, localizou o tal foragido. E olha que curioso: ele estava vivendo normalmente, tentando passar despercebido. Mas a justiça, como diz o ditado, pode até demorar, mas sempre chega.

O que me impressiona nesses casos é a capacidade de algumas pessoas de simplesmente recomeçarem do zero, sabe? Criarem uma nova identidade, uma nova vida. Mas no fundo, a consciência deve pesar — ou pelo menos deveria.

Detalhes que surpreendem

O mandado de prisão era antigo, empoeirado, mas ainda válido. Expedido pela 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Maceió. O crime? Homicídio qualificado — que na prática significa que houve agravantes terríveis naquela morte.

Agora me diz: como alguém consegue ficar vinte anos fugindo? Mudar de cidade, de estado, talvez até de aparência. É uma espécie de exílio voluntário, mas imposto pela própria consciência culpada. Ou pela simples vontade de não pagar pelo que fez.

O que será que passava pela cabeça dele todos esses anos? Medo de ser reconhecido? Arrependimento? Ou apenas a preocupação de não deixar rastros? Difícil saber.

Operação discreta e eficiente

A prisão não foi espetaculosa — sem tiros, sem perseguição. Foi quase anticlimática, se é que posso usar essa palavra. Os policiais chegaram, identificaram-no, e ele não resistiu. Talvez porque depois de vinte anos, a fuga já tivesse se tornado um fardo pesado demais para carregar.

Penso na família da vítima. Vinte anos esperando por um desfecho que parecia nunca chegar. Quantas vezes terão se perguntado se ele ainda estava vivo, se um dia a justiça seria feita? A dor de perder alguém de forma violenta já é imensa — imagina com a incerteza do agressor impune.

O foragido agora está atrás das grades, onde deveria estar há duas décadas. Vai responder pelo que fez — finalmente. E talvez essa seja a maior lição dessa história toda: por mais que alguém tente fugir do passado, ele sempre alcança a gente. Sempre.

O caso serve como um alerta — e também como um alento. Mostra que nosso sistema de justiça, com todos seus defeitos que a gente conhece, ainda consegue surpreender. Ainda consegue encontrar agulhas no palheiro, mesmo que leve vinte anos para isso.