
Um crime que chocou Roraima chegou ao seu desfecho judicial nesta quarta-feira (23). O Tribunal do Júri de Boa Vista condenou um homem a 22 anos de prisão por ordenar o assassinato do próprio pai, um tenente aposentado da Polícia Militar.
Tragédia Familiar Abala Boa Vista
O caso, que remonta a dezembro de 2021, envolve um drama familiar que terminou em sangue. O réu, identificado como filho da vítima, foi considerado culpado por ter contratado e pago pelo assassinato de seu pai, o tenente aposentado Francisco das Chagas Alves Lima.
Os detalhes do crime são estarrecedores:
- O filho ofereceu R$ 20 mil pelo assassinato do pai
- Dois homens foram contratados para executar o crime
- O tenente aposentado foi morto a tiros dentro de sua própria casa
- O móvel do crime foi na capital Boa Vista
Investigação e Condenação
A investigação policial revelou que o filho não apenas ordenou o crime como também acompanhou de perto a execução. Os assassinos confessaram o homicídio e apontaram o mandante, o que foi crucial para a condenação.
Durante o julgamento, o Ministério Público apresentou provas robustas, incluindo:
- Depoimentos dos executores do crime
- Provas documentais sobre o pagamento combinado
- Registros de comunicação entre os envolvidos
- Provas periciais coletadas no local do crime
A defesa do acusado tentou reverter a situação, mas o júri considerou as provas incontestáveis. A pena de 22 anos de prisão em regime fechado reflete a gravidade do crime, considerado hediondo pela legislação brasileira.
Legado Manchado
O tenente Francisco das Chagas Alves Lima tinha uma carreira de mais de três décadas na Polícia Militar de Roraima antes de se aposentar. Sua morte violenta, ordenada pelo próprio filho, causou comoção entre colegas de corporação e na comunidade local.
"É um caso que choca pela frieza e pelo envolvimento familiar. Um pai, um ex-servidor público, morto por ordem do próprio filho", comentou uma fonte próxima ao caso.
A condenação serve como alerta sobre a violência intrafamiliar e a banalização da vida, mesmo entre aqueles que deveriam manter laços de sangue e afeto.