Desvio milionário em condomínio de luxo
O Condomínio Gramercy Village, localizado em Águas Claras, no Distrito Federal, tornou-se palco de um escândalo financeiro que envolve o desvio de mais de R$ 124 mil dos cofres da administração. Segundo documentos judiciais, o ex-síndico Tiago Moreira de Oliveira é o principal acusado pelas transferências irregulares.
Operação via PIX revela esquema detalhado
As investigações apontam que Moreira realizou mais de 100 transferências via PIX para uma conta pessoal, sem qualquer prestação de contas ou justificativa formal. O montante desviado chegou ao valor total de R$ 124.647,76, descoberto durante auditoria interna do condomínio.
Além das transferências digitais, o ex-síndico teria utilizado o dinheiro dos condôminos para adquirir um iPhone 16 para uso pessoal, caracterizando apropriação indébita de recursos destinados à manutenção e administração do empreendimento.
Justiça age rápido para garantir ressarcimento
Na última segunda-feira (10), a Juíza de Direito da 1ª Vara Cível de Águas Claras determinou medidas cautelares importantes. Foi ordenado o sequestro de um imóvel localizado dentro do próprio Condomínio Gramercy Village, garantindo assim o pagamento do crédito em discussão.
A magistrada também tomou duas decisões significativas: removeu o segredo de Justiça que protegia os autos do processo e dispensou a audiência de conciliação, por entender que a probabilidade de acordo em casos dessa natureza é extremamente baixa.
O ex-síndico Tiago Moreira de Oliveira tem prazo de 15 dias para apresentar sua defesa, conforme estabelece a legislação processual brasileira. Quando procurado pela reportagem do g1 na terça-feira (11), Moreira optou por bloquear o número e não atender às ligações, evitando qualquer tipo de esclarecimento sobre as acusações.
O caso segue em andamento na Justiça do Distrito Federal, com os condôminos aguardando ansiosamente por uma solução que garanta o ressarcimento integral dos valores desviados.