Ex-prefeito de Patrocínio se entrega à polícia após mandado de prisão
Ex-prefeito se entrega na delegacia de Patrocínio

O ex-prefeito de Patrocínio, Júlio Cesar Elias Cardoso, de 66 anos, compareceu de forma espontânea à Delegacia de Polícia Civil do município nesta segunda-feira, dia 15 de abril de 2024. A apresentação ocorreu após a expedição de um novo mandado de prisão contra ele.

Processo sob sigilo e encaminhamento

Em comunicado, o advogado de defesa, Paulo Cunha, informou que a prisão está relacionada a um processo judicial protegido pelo segredo de justiça. Por essa razão, a defesa optou por não comentar o conteúdo específico dos autos.

"O ex-prefeito sempre colaborou com a justiça, pois convicto de sua índole como homem público e de família", afirmou o advogado na nota divulgada.

Após a formalização da prisão na delegacia, Júlio Cesar foi encaminhado para a Penitenciária Deputado Expedito de Faria Tavares, localizada na própria cidade de Patrocínio. Ele permanece no local à disposição da Justiça.

Histórico de condenações e prisões anteriores

Este não é o primeiro episódio do tipo envolvendo o ex-gestor. A trajetória judicial de Júlio Cesar Elias Cardoso inclui condenações por crimes graves.

Em 2018, ele foi condenado em primeira instância a 12 anos de prisão em regime fechado pelo crime de estupro de vulnerável. O caso remonta a 2014, quando uma criança de sete anos foi vítima do abuso. Na ocasião, após ser preso inicialmente, ele obteve um habeas corpus e passou a responder ao processo em liberdade.

Mais recentemente, em 13 de abril de 2024, ele foi preso pela quinta vez pelo mesmo tipo de crime. Naquela oportunidade, a prisão foi realizada em um frigorífico na zona rural de Patrocínio. Na ocasião, o ex-prefeito afirmou que tinha conhecimento do mandado, mas aguardava uma decisão judicial de Belo Horizonte para se entregar.

Posicionamento da defesa

A defesa do ex-prefeito emitiu uma nota oficial detalhando sua posição sobre o caso atual. O texto destaca os seguintes pontos:

  • A prisão decorre de processo sob segredo judicial, limitando comentários.
  • Reitera a disposição do cliente em colaborar com as autoridades.
  • Destaca que a apresentação na delegacia foi espontânea, acompanhada por advogados.
  • Informa que serão adotadas todas as medidas jurídicas para buscar a liberdade do cliente, expressando confiança no Poder Judiciário.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) foi procurado pelo g1 para fornecer detalhes sobre o processo que originou o mandado de prisão, mas não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem.