Agente de trânsito é presa ao tentar vender moto apreendida pelo órgão no sudeste do Pará
Agente vende moto apreendida e é presa no Pará

Uma agente de trânsito foi presa em flagrante na última terça-feira (22) após tentar vender uma motocicleta que havia sido apreendida pelo próprio órgão onde trabalha, em Marabá, sudeste do Pará. O caso revela uma grave falha no sistema de controle de veículos apreendidos na região.

Operação policial flagra tentativa de venda ilegal

De acordo com as investigações, a funcionária pública de 42 anos entrou em contato com um comprador interessado na motocicleta, sem saber que se tratava de um policial civil disfarçado. A negociação foi toda articulada pela agente, que marcou o local e horário para a suposta venda.

A prisão ocorreu quando a mulher apresentou a moto ao "comprador" e exigiu o pagamento de R$ 3 mil pelo veículo. Testemunhas relataram que a agente agia com naturalidade, como se fosse uma transação comercial comum.

Falha no sistema de custódia

Investigadores apontam que o caso expõe sérias vulnerabilidades no sistema de guarda e controle dos veículos apreendidos pelo órgão de trânsito municipal. A motocicleta deveria estar sob custódia oficial em um pátio credenciado, mas estava sendo negociada irregularmente pela funcionária.

"Estamos apurando como essa moto saiu da custódia do órgão e foi parar nas mãos da agente para ser vendida. É um caso grave de quebra de confiança pública", declarou um delegado envolvido nas investigações.

Repercussão e próximos passos

A prisão da agente de trânsito gerou comoção na cidade de Marabá, onde moradores demonstraram indignação com o caso. Muitos questionam a eficiência dos controles internos do órgão responsável pela fiscalização de trânsito.

A Polícia Civil informou que a investigação continua para determinar se havia outros envolvidos no esquema e se esta era uma prática recorrente. A agente foi autuada por peculato e corrupção passiva, crimes previstos no Código Penal.

O órgão municipal de trânsito emitiu nota informando que a funcionária foi afastada do cargo e que está cooperando com as investigações. A administração pública prometeu revisar todos os procedimentos de custódia de veículos apreendidos.