Advogada é detida com drogas em tentativa de entrada em presídio
Na manhã desta segunda-feira (10), a advogada Mariana de Oliveira foi presa ao ser flagrada transportando maconha dentro de sua bolsa e também escondida no sutiã. O incidente ocorreu na entrada do Complexo Prisional de Rio Branco, no Acre, quando a profissional se dirigia ao local para atender um cliente.
Revista de segurança revela entorpecentes
Agentes penais notaram um volume incomum na bolsa da advogada durante a rotina de inspeção na entrada da unidade prisional. Segundo relatos oficiais, os policiais solicitaram que Mariana passasse pelo body scanner, equipamento de detecção corporal. Antes de proceder com a verificação, a advogada retornou e depositou a bolsa em um guarda-volumes reservado para a categoria.
Após atender seu cliente no interior do presídio, Mariana retornou para recuperar sua bolsa. Nesse momento, o chefe da equipe de segurança aproximou-se para explicar os protocolos de segurança obrigatórios e observou parte de um pacote visível dentro da bolsa, que se encontrava entreaberta.
Confissão e apreensão de drogas
Quando questionada diretamente se carregava drogas em sua bolsa, a advogada confirmou positivamente. Duas policiais penais a conduziram então para uma sala reservada, onde procederam com uma revista mais detalhada. Durante a inspeção, foram encontrados e apreendidos dez pacotes de uma substância similar à maconha, totalizando mais de 800 gramas do entorpecente.
Os pacotes estavam distribuídos tanto dentro da bolsa quanto ocultos no sutiã da advogada. Mariana de Oliveira foi subsequentemente encaminhada para a Delegacia de Flagrantes (Defla), onde foi autuada por tráfico de drogas.
Posicionamento institucional
A Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Acre (OAB/AC) emitiu nota oficial informando que está prestando todo o suporte necessário à profissional. Representantes da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas tiveram acesso imediato e reservado à advogada detida.
Em seu comunicado, a OAB/AC afirmou: "A Seccional reafirma sua missão institucional de velar pelas prerrogativas da advocacia e pela dignidade do exercício profissional, evitando qualquer forma de constrangimento, exposição indevida de imagem ou tratamento sensacionalista".
A instituição garantiu que continuará acompanhando o caso até o completo esclarecimento dos fatos, adotando as medidas cabíveis em caso de violação de direitos e garantias da profissional.
O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) confirmou que a advogada tinha autorização para visitar o presídio com o objetivo de atender um cliente, mas seu comportamento despertou suspeitas dos agentes em plantão, levando à revista que resultou na descoberta das drogas.