
Era pra ser mais um dia comum, sabe? Aquela rotina pesada do campo, mas com a satisfação de quem constrói o próprio sustento. Só que a vida do trabalhador rural Lindomar Alves de Oliveira, de 45 anos, foi interrompida de um jeito brutal e covarde, deixando um rastro de dor e perguntas sem resposta na pacata Sidrolândia, interior de Goiás.
O que aconteceu naquela sexta-feira, 16 de agosto, foi de cortar o coração. Tudo indica que uma discussão besta, daquelas que a gente nem lembra no dia seguinte, foi o estopim para uma tragédia sem tamanho. Lindomar e outro homem, identificado apenas como 'Paulão', teriam tido uma briga. E não deu em outra. O clima aqueceu, e Paulão, na fúria, partiu pra cima. Armado com uma espingarda calibre 20, ele não hesitou. Disparou contra Lindomar, que não teve a menor chance.
O barulho dos tiros ecoou no sítio e foi o único sinal de que algo muito errado estava acontecendo. Quando chegaram, já era tarde demais. Lindomar jazia no chão, vitimado pelos disparos. Uma cena de horror que nenhuma família merece ver.
O Silêncio que Grita: A Fuga e a Busca Incansável
E o autor? Sumiu. Simplesmente evaporou no ar, deixando para trás apenas o cenário do crime e a própria consciência – se é que ele tem uma. A Polícia Civil de Goiás agiu rápido, emitiu um mandado de prisão preventiva contra Paulo Rogério de Oliveira, o tal Paulão. Mas ele… bem, ele já tinha dado no pé. Um fantasma que some no emaranhado do interior.
Desde então, a busca é incessante. Os investigadores não medem esforços para tentar localizar o foragido, mas até agora, nada. É como se a terra tivesse engolido ele. E a cada hora que passa, a angústia da família de Lindomar só aumenta. A sensação de impunidade é um peso insuportável.
O Grito da Família: "Cadê a Justiça?"
E é aí que a ferida fica ainda mais aberta. A irmã da vítima, que preferiu não se identificar, deixa o desabafo mais cru possível: "A gente vive com medo. Meu irmão era um trabalhador, um homem do bem. E o assassino dele tá solto, por aí, vivendo normal. Cadê a justiça? Quando é que vão prender esse homem?". A pergunta dela ecoa como um grito no silêncio das autoridades.
Não é só sobre prender alguém. É sobre acalentar uma dor que não deveria existir. É sobre mostrar que a lei existe para valer, mesmo longe dos grandes centros. A família clama por uma resposta, por um sinal de que o caso não vai acabar num arquivo empoeirado.
Enquanto a polícia segue nas investigações – vasculhando pistas, ouvindo testemunhas, correndo atrás de qualquer informação –, a população local fica naquele misto de choque e medo. Um crime violento assim mexe com todo mundo, quebra a sensação de segurança de uma comunidade inteira.
O caso do Lindomar é mais do que uma notícia policial. É um retrato triste de como a violência pode bater à porta de qualquer um, a qualquer hora. E o pior: de como sometimes a justiça parece demorar uma eternidade para ser feita.