
O tribunal do júri em São José do Rio Preto acabou de fechar um dos casos mais brutais que a cidade presenciou nos últimos anos. Um homem, cujo nome a gente evita mencionar para não dar ibope, foi condenado a duas décadas de prisão por um crime que, sério, é difícil até de digerir.
Imagine só: mais de 140 perfurações no corpo da vítima. Cento e quarenta! É um número que parece saído de filme de terror, mas infelizmente era a realidade de um catador de recicláveis que só tentava ganhar a vida.
Os Detalhes que Chocam
A história remonta àquele 23 de agosto de 2021, data que certamente a família da vítima nunca vai esquecer. O local? Uma área rural da Chácara São José, nessas regiões afastadas onde as coisas podem acontecer longe dos olhos da sociedade.
O que se descobriu durante o julgamento foi de cortar o coração. A defesa tentou argumentar que teria sido legítima defesa, mas convenhamos — 140 facadas é qualquer coisa menos defesa. Até eu fico pensando: como alguém consegue fazer isso com outro ser humano?
Longo Caminho até a Sentença
Quatro anos. Esse foi o tempo que a família teve que esperar para ver alguma justiça. Quatro anos imaginando se o caso iria prescrever, se iam esquecer, se o sistema iria falhar como tantas outras vezes.
O promotor Lucas Marques da Costa não deixou barato. Durante o processo todo, ele insistiu na qualificação do crime como homicídio triplamente qualificado. E olha, os jurados concordaram — por motivos fúteis, meio torpe e recurso que dificultou a defesa. Não deu outra.
O Que Fica Dessa História?
Além da óbvia violência do caso, me pego refletindo sobre várias coisas. Primeiro: a vulnerabilidade dos catadores, esses trabalhadores invisíveis que mantêm nossa cidade limpa enquanto a gente nem percebe.
Segundo: a justiça, mesmo demorando, ainda funciona às vezes. Vinte anos é uma sentença considerável, ainda mais no nosso sistema penal que às vezes parece mais frouxo que calça de palhaço.
E terceiro: a brutalidade humana não tem limites, mas pelo menos o sistema reagiu com a devida severidade. Resta torcer que a família encontre algum consolo nessa condenação — porque a dor, essa vai ficar para sempre.