Um caso que mobilizou a cidade de São José do Rio Preto chegou ao fim com o arquivamento das investigações sobre uma suposta tentativa de envenenamento em uma clínica médica. O Ministério Público decidiu pelo encerramento do inquérito após análise detalhada das evidências e laudos periciais contraditórios.
O que aconteceu na clínica?
Tudo começou quando uma secretária de uma clínica localizada na Avenida Alberto Andaló, uma das principais vias da cidade, relatou ter encontrado um pó suspeito em seu copo de água. Imediatamente, suspeitas de envenenamento surgiram, levando a uma investigação policial minuciosa.
O material foi encaminhado para perícia no Instituto de Criminalística de São José do Rio Preto, onde os primeiros exames apontaram a presença de chumbinho - um raticino proibido no Brasil conhecido por ser usado em casos de envenenamento.
Laudos contraditórios mudam rumo da investigação
Entretanto, a história tomou um rumo inesperado quando o mesmo material foi analisado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) de São Paulo. Os peritos paulistas não encontraram vestígios de substâncias tóxicas nas amostras enviadas.
Esta contradição entre os laudos tornou-se crucial para o desfecho do caso. O promotor responsável pelo processo destacou que, sem provas consistentes, não era possível prosseguir com a investigação.
Falta de provas leva ao arquivamento
O Ministério Público considerou vários fatores em sua decisão:
- Incompatibilidade entre os resultados dos dois institutos de perícia
- Ausência de testemunhas que pudessem confirmar a versão dos fatos
- Falta de evidências concretas sobre a autoria do suposto crime
- Impossibilidade de determinar a origem do material encontrado
O promotor enfatizou que, embora a secretária tenha realmente acreditado estar em perigo, as evidências técnicas não sustentavam a tese de tentativa de envenenamento.
Impacto na comunidade médica
O caso gerou apreensão entre profissionais de saúde da região, levantando preocupações sobre segurança no ambiente de trabalho. O arquivamento, no entanto, traz um desfecho para um episódio que permanece como um mistério na cidade.
A decisão do MP serve como um alerta sobre a importância de investigações técnicas rigorosas e da necessidade de provas concretas para confirmar crimes graves como o envenenamento.
