
Imagina a cena: uma terça-feira comum, o sol já batendo forte no asfalto de Piatã, em Salvador. De repente, a rotina é quebrada não por um, mas por dois sujeitos decididos a cometer um crime. O alvo? Um mototaxista, trabalhando honestamente. A arma? Uma faca, apontada para o peito do condutor. A ordem foi direta: "Desce da moto. Agora."
Mas eis que o inesperado acontece. O mototaxista, num ato de bravura que poucos teriam, simplesmente… não obedeceu. Em vez de entregar a chave do seu ganha-pão, ele travou uma discussão acalorada com os bandidos. Quem viu de longe deve ter pensado: "Esse cara tá maluco?"
E aí a situação degringolou de vez. Enquanto um dos criminosos puxava o braço do herói anônimo, tentando arrastá-lo para longe do veículo, o outro — claramente não a pessoa mais afiada do mundo — deu partida na moto. Só que ele esqueceu um pequeno detalhe: o suporte de segurança. A moto simplesmente não saiu do lugar. Nada. Zero.
Foi a deixa perfeita. Vendo a incompetência alheia, o mototaxista aproveitou a brecha, deu um tranco no meliante que o segurava e… fugiu correndo. Sim, ele simplesmente saiu pela porta dos fundos da própria confusão que os bandidos armaram.
Sem o condutor e sem conseguir mover a moto, os dois assaltantes ficaram ali, parados, sem saber o que fazer. A frustração deve ter sido enorme. E o plano, que parecia tão simples no papel, terminou em uma fuga de pernas para que ar e zero reais de lucro. A Polícia Militar foi acionada, mas, como era de se esperar, quando chegou ao local os dois já tinham evaporado.
Mais um dia comum nas ruas de Salvador, onde o cidadão comum precisa, cada vez mais, ser seu próprio herói. Essa história serve como um lembrete — às vezes, a coragem de dizer "não" e um péssimo conhecimento de motos são as melhores armas contra o crime.