Macaco-prego furta cafeteira e desafia polícia em cidade com menos de 2 mil habitantes no RN
Macaco furta cafeteira e causa transtornos no RN

Um macaco-prego se tornou o protagonista de uma cena inusitada e preocupante em Viçosa, o município com a menor população do Rio Grande do Norte. O animal não só invadiu residências, como também furtou uma cafeteira e conseguiu escapar das tentativas de captura da Polícia Militar, deixando a pequena comunidade em alerta.

Uma série de transtornos causados pelo animal

De acordo com relatos dos moradores, desde a última sexta-feira, 12 de abril, o primata tem circulado por uma área residencial da cidade. Seus atos vão além da curiosidade: ele já bagunçou cozinhas, mexeu em fiações elétricas – causando problemas nas residências – e chegou a morder pessoas. A situação ganhou contornos ainda mais pitorescos quando um vídeo gravado por um morador flagrou o animal equilibrando a cafeteira roubada em cima de um muro.

Especialista explica o comportamento e alerta para riscos

O biólogo Keliton Gomes, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema/RN), analisou o caso. Ele aponta que a aproximação de animais silvestres de áreas urbanas pode ser resultado de dois fatores principais: a expansão urbana desordenada, que invade e fragmenta os habitats naturais, ou a prática do tráfico de animais, que depois são abandonados ou fogem.

Gomes faz um alerta importante à população: "É fundamental evitar qualquer tipo de contato com o animal", afirma. O biólogo ressalta que o macaco-prego pode ser reservatório de doenças transmissíveis aos humanos. A orientação oficial é para que os moradores não tentem interagir ou capturar o animal por conta própria, e sim acionar imediatamente a Polícia Ambiental, que possui treinamento e equipamento adequados para realizar o resgate de forma segura para todos.

O cenário: a menor cidade do Rio Grande do Norte

O episódio acontece em Viçosa, município localizado na região do Alto Oeste potiguar. Segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados durante o Censo de 2022, a cidade tinha menos de dois mil habitantes, o que a consolida como a menos populosa do estado. Até a última atualização desta reportagem, os esforços da Polícia Militar para capturar o macaco-prego ainda não haviam sido bem-sucedidos, e o animal permanecia solto.