
Imagina a cena: um sujeito com oitenta e sete — sim, 87! — registros na polícia, acreditando que um simples forro de loja seria seu salvo-conduto. Pois é, a vida imita a arte, e às vezes de forma bem ridícula.
Nesta segunda-feira (19), por volta das 11h, o clima tranquilo de Copacabana, na Zona Sul do Rio, foi quebrado por uma ação da PM. Os militares estavam atrás de um homem, já bem conhecido das delegacias, por envolvimento em um assalto. A perseguição começou na Rua Santa Clara e rapidamente se transformou em um daqueles episódios que você só acredita vendo.
O meliante, encurralado e sem saída, decidiu que sua melhor opção era... escalar uma parede e se enfiar no forro de um estabelecimento comercial. Sério mesmo. Ele deve ter assistido muitos filmes de ação ruins. Acreditou piamente que aquele espaço escuro e empoeirado seria seu esconderijo perfeito, uma fortaleza inexpugnável contra a lei.
O plano que falhou feio
Ledo engano. Os policiais, experimentados, não caíram naquela infantilidade. Cercaram o local e, em vez de sair atirando ou fazendo alguma loucura, usaram a cabeça. Começaram a conversar com o indivíduo, que estava lá em cima, quietinho, tentando não fazer um pio.
Foi um diálogo — se é que podemos chamar assim — curioso. Os PMs persuadindo, argumentando sobre a inutilidade daquela fuga meia-boca. E, pasmem, deu certo! Convenhamos, a situação era tão absurda que até o criminoso percebeu que não tinha para onde correr. Ele simplesmente se rendeu, saiu do seu esconderijo improvisado e foi preso em flagrante, sem resistência.
Nada de troca de tiros, nada de violência dramática. Apenas o desfecho óbvio para uma tentativa de fuga completamente sem noção.
Quem era o "Houdini" de Copacabana?
O "astro" dessa comédia de erros é um homem de 41 anos, cuja vida criminosa é longa e variada. Suas 87 passagens pela polícia não são por infrações de trânsito, viu? Elas incluem crimes graves, como roubo, receptação e posse de drogas. Um verdadeiro portfólio do crime.
Após a captura, que foi mais cômica do que perigosa, ele foi levado para a 14ª DP (Ipanema). Lá, a justiça começou a funcionar. O juiz plantonista decretou sua prisão preventiva. Dessa vez, o forro que o abrigará será bem diferente: uma cela.
Moral da história? Às vezes, a realidade supera a ficção, mas nem sempre com heróis e vilões épicos. Às vezes, supera com pura e simples incompetência. E no final, a lei sempre acaba vencendo, mesmo que o bandido dê uma ajudinha, sem querer.