
Eis que a noite de segunda-feira, 19, em Presidente Prudente, reservava uma daquelas reviravoltas que parecem saídas de um roteiro previsível – até que a realidade mostra suas garras. Um jovem de 22 anos, cuja identade ficou sob o manto da lei, insistia com toda a convicção que conseguia muster. “Tráfico? Eu? Nunca!”. A palavra dele contra a suspeita que já rondava seu endereço no Jardim Itapura II.
Mas, convenhamos, a credibilidade começou a desmoronar mais rápido que castelo de areia na chuva quando os agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) decidiram dar uma olhada mais a fundo. E não é que a busca, autorizada judicialmente, revelou um pequeno arsenal de entorpecentes? A gente até quer acreditar na inocência alheia, mas diante de provas concretas, fica complicado.
O que eles encontraram? Uma coleção nada invejável:
- Várias porções de crack, prontas para o mercado negro.
- Pó de cocaína, dividido em porções que não deixavam margem para dúvidas sobre a intenção de vender.
- E, claro, a maconha, também fracionada de uma forma que gritava ‘tráfico’.
Nada disso, é claro, se parece com a posse de um mero usuário – aquele que compra para seu próprio consumo. A quantidade e a forma de acondicionamento são como uma placa neon piscando ‘atividade ilícita’.
O rapaz, é claro, foi levado. Preso em flagrante delito, o que é basicamente a forma mais direta e incontestável de ser pego com a boca na botija. Agora, ele responde perante a lei. E não, negar até o fim não adiantou de nada. A justiça, dessa vez, tinha os olhos abertos.
O caso segue sob os cuidados da DIG, que deve desvendar os fios dessa trama – de onde vinha, para quem ia, o esquema por trás. Mais um capítulo na luta, muitas vezes inglória, contra o tráfico que assombra tantas comunidades.