
Imagina a cena: um agente da lei, discretamente posicionado na movimentada Praia do Gonzaga, em Santos, e eis que surge um indivíduo, destemido (ou seria ingenuidade?), oferecendo substâncias ilícitas como se estivesse vendendo amendoim no calçadão. A ironia do destino não poderia ser mais perfeita — ou mais absurda.
O fato, que parece roteiro de comédia pastelão, ocorreu na tarde de quarta-feira (20). O policial, integrando uma operação de rotina justamente para coibir esse tipo de delito, foi abordado de forma direta pelo suspeito. Sem cerimônia nenhuma, o homem simplesmente chegou e ofereceu o que não devia. Azar o dele, né?
O flagrante foi imediato. Não deu nem tempo de o sujeito perceber o tamanho da fria em que havia se metido. Aproximadamente 20 pinos de crack e uma porção de maconha foram apreendidos com ele. Uma quantidade que, convenhamos, não era para consumo próprio, indicando uma atividade comercial — e das ilegais.
O Que Leva uma Pessoa a Cometer um Erro Tão Grosseiro?
É a pergunta que fica, não é mesmo? Seria um lapso de julgamento catastrófico? Pura distração? Ou a convicção de que se estava tão seguro que nem passou pela cabeça a possibilidade de estar falando justamente com a autoridade? A verdade é que o caso escancara uma certa audácia dos traficantes que operam na região, uma sensação de impunidade que, desta vez, não se concretizou.
O indivíduo, cuja identidade não foi divulgada, foi levado para a cadeia ali mesmo, de cara. Agora, ele responde por tráfico de drogas. E olha, com um flagrante desses, vai ser difícil inventar uma desculpa criativa para o juiz.
Operações como essa seguem acontecendo com frequência no litoral paulista. A PM joga duro, tentando limpar as áreas públicas desse tipo de atividade criminosa que tanto assusta turistas e moradores. E este episódio, ainda que pitoresco, mostra que os riscos são reais — tanto para quem comete o crime, quanto para quem acaba sendo abordado por esses vendedores.
Quem frequenta a orla de Santos já sabe: a paisagem é linda, mas é preciso ficar de olho. Situações inesperadas como essa mostram que o perigo — e o absurdo — podem estar logo ali, na próxima esteira.