
Um caso de estelionato emocional está sendo investigado pela Polícia Civil do Paraná após uma mulher de 26 anos simular uma gravidez de gêmeos para arrecadar dinheiro através de uma vaquinha virtual. A elaborada farsa, que durou aproximadamente oito meses, conseguiu enganar dezenas de pessoas e levantar cerca de R$ 15 mil.
A Encenação Meticulosa
A investigação revelou que a suspeita montou uma verdadeira produção para convencer suas vítimas. Ela chegou a usar roupas maternidade adaptadas e almofadas simulando barriga de grávida em encontros presenciais. Nas redes sociais, a encenação era ainda mais elaborada:
- Publicação de ultrassons falsos supostamente mostrando os gêmeos
- Fotos com roupas justas destacando a barriga postiça
- Relatos detalhados sobre enjoos, desejos alimentares e movimentos dos bebês
- Criação de perfil específico para a vaquinha online
O Desfecho da Farsa
A verdade começou a emergir quando a data prevista para o parto se aproximou e a mulher simplesmente desapareceu das redes sociais. Preocupadas, algumas das doadoras tentaram localizá-la e descobriram inconsistências em sua história.
"Ela sumiu completamente quando as pessoas começaram a cobrar notícias sobre o nascimento dos bebês. Algumas doadoras mais persistentes foram atrás de informações e descobriram que toda a gravidez era uma invenção", relatou um delegado envolvido no caso.
Investigação em Andamento
A Polícia Civil já identificou a suspeita e instaurou inquérito para apurar o crime de estelionato. Os investigadores trabalham para:
- Localizar todas as vítimas do golpe
- Quantificar o valor total desviado
- Identificar possíveis cúmplices
- Recuperar o dinheiro para as vítimas
Alerta Contra Golpes Emocionais
Este caso serve como alerta para os riscos de doações online sem a devida verificação. Especialistas em segurança digital recomendam:
- Sempre confirmar a veracidade das histórias antes de doar
- Desconfiar de perfis que só mostram situações dramáticas
- Verificar se há pessoas conhecidas que possam confirmar a história
- Preferir doar para instituições reconhecidas
O caso segue sob investigação e a polícia espera concluir os trabalhos em breve para levar a situação à Justiça. As vítimas que ainda não se manifestaram podem procurar a delegacia mais próxima para prestar depoimento.