Professor da USP preso nos EUA após atirar perto de sinagoga
Professor da USP preso nos EUA por disparo

Um professor brasileiro com passagem por algumas das mais prestigiadas universidades do mundo foi detido nos Estados Unidos. O caso, que envolve um disparo de arma próximo a uma sinagoga, gerou revogação de visto e acusações graves.

Detenção e acusações nos Estados Unidos

Carlos Portugal Gouvêa foi preso na sexta-feira, dia 5 de dezembro de 2025, no estado de Massachusetts. A detenção ocorreu devido a um incidente registrado em outubro do mesmo ano, quando ele efetuou um disparo com uma arma de chumbinho.

As autoridades americanas revogaram o visto do professor, classificando o episódio como um incidente antissemita. Isso porque o tiro foi dado nas proximidades de uma sinagoga, local de culto da comunidade judaica. Felizmente, nenhuma pessoa que estava no local religioso ficou ferida.

A defesa do professor e histórico de conflitos

Em sua defesa, Carlos Portugal Gouvêa afirmou que estava utilizando a arma para caçar ratos na área e declarou não saber que morava perto de uma sinagoga. No entanto, o advogado brasileiro já era alvo de outras queixas na região.

Ele enfrentava acusações de ser um morador barulhento e de ter praticado atos de vandalismo no local onde residia. Esses registros anteriores podem ter influenciado a decisão das autoridades imigratórias dos EUA.

Trajetória acadêmica de prestígio e atuação no Brasil

O perfil profissional do detido chama a atenção. Carlos Portugal Gouvêa é professor de Direito na Universidade de São Paulo (USP) e possuía um vínculo como docente na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, onde também obteve seu doutorado.

Sua carreira inclui ainda passagem como pesquisador na Universidade de Yale. USP, Harvard e Yale são instituições de enorme renome mundial na área jurídica, formando grandes nomes do direito em seus países.

No Brasil, além da docência, Gouvêa é conhecido por ser o fundador do Instituto Sou da Paz, organização da sociedade civil que atua na promoção de políticas públicas para a segurança e no combate à violência. Ele também preside a IDGlobal, um centro de estudos socioambientais.

O caso coloca em evidência a grave situação enfrentada pelo professor, que une um incidente com arma em solo americano, acusações de antissemitismo e o consequente impacto em sua carreira internacional, marcada até então por grande reconhecimento acadêmico e social.