Uma tragédia marítima no sul da Grécia resultou na morte de dezessete migrantes neste sábado, 6 de abril. O naufrágio ocorreu nas águas próximas ao porto de Ierapetra, na ilha de Creta, conforme confirmado pela Guarda Costeira do país.
Resgate e Sobreviventes em Estado Grave
Além das vítimas fatais, dois sobreviventes foram resgatados em estado crítico e precisaram ser hospitalizados com urgência. De acordo com uma porta-voz da Guarda Costeira grega, os dois homens relataram que a embarcação ficou instável devido ao mau tempo. Eles também afirmaram que não havia recursos para proteção, alimentação ou hidratação a bordo.
Um cargueiro de bandeira turca foi quem primeiro avistou a embarcação à deriva no final da tarde e acionou as autoridades gregas. A localização exata do achado foi a 26 milhas náuticas a sudoeste de Creta.
Operação de Busca e Circunstâncias da Tragédia
Uma grande operação foi mobilizada para o local. Participaram do resgate dois barcos da Guarda Costeira grega, uma embarcação da agência europeia Frontex, três navios que passavam pela área, um helicóptero Super Puma e um avião da Frontex.
Segundo a emissora pública grega ERT, os corpos foram encontrados dentro da própria embarcação, que estava afundando e já se encontrava parcialmente desinflada. As circunstâncias exatas do naufrágio ainda são investigadas, mas os legistas estão examinando a possibilidade de as mortes terem sido causadas por hipotermia ou desidratação.
Creta e a Rota Migratória no Egeu
Este incidente trágico chama a atenção para o fluxo migratório em direção a Creta. Dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) revelam que, desde o início do ano, mais de 16.770 pessoas em busca de asilo na União Europeia chegaram àquela ilha. Este número supera as chegadas em outras ilhas do mar Egeu, tradicionalmente pontos de entrada.
A tragédia ocorre em um contexto de condições climáticas adversas na região, que recentemente também causaram enchentes severas em outras partes da Grécia.
