Ataque a militares gera tensão em Washington
Dois integrantes da Guarda Nacional dos Estados Unidos foram baleados durante um ataque ocorrido nas proximidades da Casa Branca, em Washington, na quarta-feira, dia 26 de agosto. O incidente provocou isolamento imediato da região e colocou a sede do governo americano em situação de lockdown temporário.
Identificação das vítimas e estado de saúde
As vítimas foram identificadas em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (27) como Sarah Beckstrom, de 20 anos, e Andrew Wolfe, de 24 anos. Ambas encontram-se em estado crítico após passarem por cirurgias de emergência.
Jeanine Pirro, procuradora do Distrito de Columbia, revelou que os militares foram atacados enquanto cumpriam missão de patrulhamento na área. O atirador utilizou um revólver no ataque e também ficou ferido, encontrando-se hospitalizado.
Posicionamento das autoridades e possíveis penas
A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, fez declarações contundentes durante entrevista à Fox News. "Se algo acontecer, eu aviso agora mesmo: faremos tudo ao nosso alcance para buscar a pena de morte contra esse monstro que não deveria estar em nosso país", afirmou Bondi.
A autoridade deixou claro que as acusações contra o atacante dependerão do prognóstico dos militares. Caso eles não resistam, o imigrante afegão preso poderá enfrentar acusações de terrorismo com pena mínima de prisão perpétua, com possibilidade de busca pela pena de morte.
Investigação em andamento e perfil do suspeito
O diretor do FBI, Kash Patel, participou da coletiva e confirmou que a investigação de terrorismo está em curso. Agentes já executaram vários mandados de busca, incluindo na residência atual do suspeito, e interrogaram todas as pessoas encontradas no local.
O autor do ataque foi identificado como Rahmanullah Lakanwal, cidadão afegão que chegou aos EUA em 2021. Segundo informações reveladas pelo diretor da CIA, John Ratcliffe, e confirmadas por Patel, o suspeito trabalhou anteriormente com o governo americano como membro de uma força parceira em Kandahar durante a guerra do Afeganistão.
Patel afirmou que "estamos investigando minuciosamente esse aspecto de sua trajetória, incluindo quaisquer associados conhecidos, seja no exterior ou aqui nos Estados Unidos".
Contexto da presença militar em Washington
A presença da Guarda Nacional na capital americana iniciou-se em 11 de agosto de 2025, quando o presidente Donald Trump assinou ordem executiva declarando "emergência criminal" em Washington. A medida permitiu mobilizar mais de 2 mil soldados para apoiar forças locais e proteger prédios federais.
A decisão enfrentou resistência da prefeita de Washington, Muriel Bowser, que classificou a intervenção como "alarmante e sem precedentes". Recentemente, uma juíza federal determinou o fim da operação, mas suspendeu a própria decisão por 21 dias para permitir que o governo Trump retire as tropas ou interponha recurso.
Reação presidencial e detalhes do ataque
O presidente Donald Trump não estava na Casa Branca durante o ataque, tendo viajado para a Flórida onde passaria o feriado de Ação de Graças. Em publicação nas redes sociais, Trump referiu-se ao atirador como "animal" e afirmou que ele "pagará um preço muito alto" pelo ataque.
Os dois soldados estavam em missão de patrulhamento quando foram alvejados. A região foi imediatamente isolada após os tiros, com equipes de segurança reforçando os bloqueios próximos à Casa Branca.
Bondi destacou durante sua entrevista que Sarah Beckstrom havia se voluntariado para trabalhar durante o feriado de Ação de Graças, assim como muitos outros guardas, para que outras pessoas pudessem estar com suas famílias. "Agora suas famílias estão em quartos de hospital com elas enquanto lutam por suas vidas", lamentou a procuradora-geral.