Louvre instala 100 câmeras após roubo de joias de US$ 102 milhões
Louvre reforça segurança após roubo milionário

O Museu do Louvre, na França, está implementando um ambicioso plano de segurança após o espetacular assalto que resultou no roubo de joias históricas no valor de US$ 102 milhões. O diretor Laurence Des Cars anunciou na quarta-feira (19) que 100 câmeras externas serão instaladas até o final de 2026.

Detalhes do assalto milionário

O roubo ocorreu em 19 de outubro de 2025, quando quatro ladrões realizaram um assalto à luz do dia e fugiram com joias pertencentes à rainha francesa Maria Amélia de Bourbon. Entre as peças roubadas estavam um colar, coroa e brincos de valor histórico incalculável.

As investigações revelaram falhas críticas no sistema de segurança do museu mais visitado do mundo. As autoridades admitiram que a cobertura das câmeras nas paredes externas era inadequada e que não havia vigilância da varanda utilizada pelos criminosos durante o assalto.

Medidas de reforço na segurança

Além das 100 câmeras externas, o Louvre estabelecerá uma delegacia de polícia avançada dentro da propriedade do museu, fortalecendo os laços com a polícia de Paris. Outras medidas incluem:

  • Instalação de dispositivos anti-intrusão
  • Implantação de barreiras anti-colisão nas vias públicas próximas
  • Atualização completa da infraestrutura de segurança

Embora quatro suspeitos tenham sido acusados pelo crime, os tesouros históricos ainda não foram recuperados. O museu reabriu em 22 de outubro de 2025, mas a Galeria de Apolo, que abrigava as joias roubadas, permanece fechada.

Controvérsias e responsabilidades

Um relatório da Cour des Comptes, órgão de auditoria pública francesa, criticou a incapacidade do museu de atualizar sua infraestrutura, atribuindo parte do problema aos gastos excessivos com aquisições de obras de arte.

Em resposta, Laurence Des Cars assumiu total responsabilidade pelas aquisições, defendendo que essas compras são "o orgulho de nosso país e de nossas coleções". O diretor enfatizou que os trabalhos de modernização do Louvre não devem ser vistos como concorrentes ao enriquecimento das coleções nacionais.

O roubo levantou sérias dúvidas sobre a credibilidade do Louvre como guardião de seu acervo inestimável, pressionando a administração a implementar mudanças significativas em seu sistema de proteção ao patrimônio cultural.