Jones Manoel revela ameaças de morte de grupo neonazista internacional: 'Não vou me calar'
Jones Manoel ameaçado por grupo neonazista internacional

O clima pesou para Jones Manoel esta semana. O historiador e influenciador digital — figura conhecida no cenário progressista brasileiro — acabou envolvido numa trama sinistra que parece saída de um romance de espionagem. Só que bem real, e assustadoramente perigosa.

Ele revelou, através das suas redes sociais, que foi alvo de ameaças de morte. E não de qualquer grupo: a ameaça partiu de uma organização neonazista internacional, com tentáculos espalhados por vários países, incluindo o Brasil. Grave mesmo.

O buraco é mais embaixo. Segundo o relato de Jones, a ameaça não foi um mero comentário de internet. Veio através de um email meticulosamente elaborado, cheio de detalhes específicos sobre a sua rotina e a dos seus familiares. Coisa de quem fez homework — e isso deixa qualquer um de cabelo em pé.

Medo, mas não silêncio

"A primeira reação foi um calafrio", admitiu ele, sem rodeios. Mas o medo inicial deu lugar à indignação. "Decidi tornar isso público exatamente para não me curar ao terror. Se algo me acontecer, todo mundo vai saber porquê e por quem." Corajoso, não?

Ele já correu para as autoridades. Um boletim de ocorrência foi registrado numa delegacia de Pernambuco, seu estado natal, detalhando todo o conteúdo da mensagem intimidatória. Agora, o caso está nas mãos da polícia, que vai apurar a origem do email e possíveis ligações com células extremistas atuantes no país.

O contexto que assusta

Não é a primeira vez que Jones, que é negro e defende abertamente pautas antirracistas e anticapitalistas, enfrenta hostilidade. Sua atuação pública sempre atraiu hate — mas agora o nível escalou para algo muito mais sombrio e organizado.

Especialistas em segurança digital ouvidos pela reportagem alertam: o modus operandi condiz com táticas conhecidas de grupos supremacistas globais. Eles usam ameaças precisas como forma de calar vozes dissidentes. Uma tática de terror puro.

O recado que fica? A liberdade de expressão — e a própria democracia — estão sob ameaça real. E quando o ódio cruza fronteiras, a proteção precisa ser urgente.