A ativista ambiental sueca Greta Thunberg, de 22 anos, foi detida pela polícia de Londres nesta terça-feira, 23 de dezembro de 2025. A prisão ocorreu durante uma manifestação em apoio à Palestina no centro da capital britânica.
Detenção sob a Lei Antiterrorismo
Segundo informações divulgadas pelo grupo Prisoners for Palestine, Thunberg foi presa com base na Lei Antiterrorismo do Reino Unido. O motivo foi a exibição de um cartaz com os dizeres: “Apoio os prisioneiros do Palestine Action. Sou contra o genocídio”.
O governo britânico incluiu recentemente a organização Palestine Action em sua lista de grupos terroristas, o que tornou ilegal qualquer demonstração de apoio público a ela.
Contexto do protesto e outras prisões
A polícia da City of London confirmou que, além de Thunberg, outras duas pessoas foram detidas no mesmo protesto. Elas foram presas por atirar tinta vermelha contra um edifício.
Um porta-voz policial detalhou que uma mulher de 22 anos (confirmada posteriormente como sendo Thunberg) compareceu ao local após o incidente inicial e também foi detida por portar um cartaz em favor de uma organização proscrita.
Os ativistas escolheram o prédio como alvo porque, segundo o grupo Prisoners for Palestine, ele abriga uma seguradora que presta serviços à filial britânica da Elbit Systems, uma empresa israelense de defesa. A seguradora envolvida não se pronunciou imediatamente quando solicitada.
Histórico de ativismo e confrontos legais
Greta Thunberg ganhou fama mundial em 2018 ao iniciar greves escolares semanais pelo clima, movimento que se espalhou globalmente. Esta não é sua primeira experiência com a lei no Reino Unido.
No ano passado, ela foi absolvida de uma acusação de desordem pública após um juiz entender que a polícia não tinha base legal para sua prisão em um protesto ambiental em Londres.
Em outubro de 2025, a ativista também foi detida e posteriormente expulsa por Israel. O episódio ocorreu quando ela participava da “Flotilha Global Sumud”, um comboio marítimo que tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Na ocasião, ela estava entre 478 pessoas detidas.
O governo israelense rejeita de forma consistente as acusações de genocídio feitas por ativistas e por algumas organizações internacionais.