FBI prende suspeito após 5 anos por bombas caseiras em Washington antes do ataque ao Capitólio
FBI prende suspeito por bombas antes do ataque ao Capitólio

O FBI anunciou nesta quinta-feira, 4 de julho, a prisão de um homem suspeito de plantar bombas caseiras em Washington na noite que antecedeu o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021. A detenção marca o fim de uma investigação que durou cinco anos.

Detalhes da Operação e Identificação do Suspeito

A prisão foi anunciada pela procuradora-geral do governo Trump, Pam Bondi. O indivíduo detido foi identificado como Brian Cole Jr., de 30 anos, residente em Woodbridge, no estado da Virgínia. Cole vive com os pais e trabalha para uma empresa de fianças.

As autoridades federais foram vistas entrando na residência do suspeito e realizando buscas, incluindo a vistoria no porta-malas de um veículo próximo. Ele foi formalmente acusado pelo uso de artefato explosivo, com a possibilidade de novas acusações à medida que o inquérito prossegue.

Os Fatos: Bombas na Véspera do Caos

Os artefatos explosivos foram colocados na noite de 5 de janeiro de 2021, nas proximidades das sedes nacionais dos partidos Democrata e Republicano, em Washington. As bombas foram encontradas e desativadas a tempo, sem causar vítimas, mas o FBI deixou claro que ambos os dispositivos tinham potencial letal e poderiam ter matado pessoas.

Por anos, os investigadores buscaram publicamente a ajuda da população para identificar uma figura misteriosa captada por câmeras de vigilância. As dificuldades foram tantas que, inicialmente, nem mesmo o gênero do suspeito ou uma motivação clara foram estabelecidos, assim como sua possível ligação direta com a invasão do Capitólio que ocorreria no dia seguinte.

Teorias da Conspiração e Críticas

A lentidão na solução do caso alimentou teorias da conspiração promovidas por parlamentares republicanos e veículos de mídia alinhados ao ex-presidente Donald Trump. As críticas também se voltaram para falhas de segurança, com questionamentos sobre como os artefatos passaram despercebidos por cerca de 17 horas.

Dan Bongino, atual vice-diretor do FBI, chegou a sugerir, antes de assumir o cargo, que o atentado poderia ser um "trabalho interno". A investigação, no entanto, seguiu seu curso com base em evidências forenses e trabalho policial tradicional.

"Não houve uma nova denúncia anônima, não houve nova testemunha. Apenas um bom e diligente trabalho policial e de promotoria", afirmou a procuradora Pam Bondi, destacando o caráter meticuloso da operação que levou à identificação e prisão de Cole Jr.