O futebol equatoriano e brasileiro estão de luto nesta quarta-feira, 18 de dezembro de 2025. O jogador Mario Pineida, de 33 anos, que atuou pelo Fluminense em 2022, foi assassinado a tiros junto com sua esposa em Guayaquil, no Equador. O crime premeditado marca um triste capítulo na onda de violência que já vitimou quatro jogadores profissionais no país neste ano.
Detalhes do crime chocam o futebol
Segundo informações da imprensa local, o lateral-esquerdo do Barcelona de Guayaquil foi alvo de um ataque armado executado por pistoleiros. Os corpos de Pineida e de sua esposa foram encontrados em uma via pública, próximo a um açougue. A tragédia ocorre em um contexto de forte tensão no clube equatoriano, que enfrenta problemas salariais.
Horas antes do crime ser confirmado, o presidente do Barcelona de Guayaquil, Antonio Alvarez, havia publicado uma carta nas redes sociais revelando que um atleta do elenco – sem citar nomes – pediu proteção especial. "A um deles coloquei segurança privada (paga por mim) porque, segundo ele, foi ameaçado de morte", escreveu Alvarez, em uma mensagem que também criticava a ameaça de greve dos jogadores por atrasos salariais de quatro meses.
Clubes e federações lamentam a perda
O Barcelona de Guayaquil emitiu uma nota oficial expressando profundo pesar. "Esta trágica notícia entristeceu profundamente a todos nós que fazemos parte da instituição, e lamentamos profundamente como uma família do Barcelona", disse o comunicado.
O Fluminense, clube pelo qual Pineida conquistou o Campeonato Carioca em 2022, também se manifestou. "Pineida chegou ao Tricolor no início da temporada em que nos sagramos juntos campeões cariocas. O Fluminense manifesta solidariedade aos familiares e amigos", afirmou o clube brasileiro.
A alarmante onda de violência contra atletas no Equador
A morte de Mario Pineida não é um caso isolado. Ele se tornou o quarto jogador profissional assassinado no Equador em 2025, evidenciando uma crise de segurança que assola o país e o esporte. Os outros casos são:
- Maicol Valencia e Leandro Yépez, do Exapromo FC (terceira divisão), mortos em setembro na cidade de Manta.
- Jonathan González, do 22 de Julio (Série B), alvejado a tiros também em setembro, em Esmeraldas.
A violência também atingiu as categorias de base. Um jovem de 16 anos, Miguel Nazareno, da base do Independiente del Valle, foi morto com um tiro na cabeça dentro de sua própria casa.
O assassinato de Pineida reacende o debate sobre a segurança dos atletas e a escalada da violência no Equador, colocando em xeque a capacidade de proteção do Estado e das instituições esportivas a seus profissionais.