Chiara Ferragni: MP italiano pede prisão por fraude em campanha beneficente
Chiara Ferragni: 1 ano e 8 meses de prisão por fraude

A influenciadora digital italiana Chiara Ferragni enfrenta sérias acusações do Ministério Público de Milão, que requisitou sua condenação a um ano e oito meses de prisão. O caso envolve o desvio de aproximadamente 2,2 milhões de euros (cerca de 13 milhões de reais) de campanhas beneficentes que prometiam ajudar instituições de caridade.

Os detalhes da acusação

Segundo as investigações conduzidas pelo Ministério Público italiano, Chiara Ferragni obteve lucros pessoais com a venda de produtos natalinos e pascoais entre 2021 e 2023. As vendas de pandoros (um tradicional doce natalino italiano) e ovos de Páscoa eram apresentadas ao público como ações beneficentes, com a promessa de que os recursos arrecadados seriam destinados a um hospital infantil e a uma organização não-governamental dedicada a crianças com deficiência.

As doações realizadas foram feitas antes do início das campanhas e com valores significativamente inferiores ao total arrecadado, conforme afirmaram os promotores italianos. Essa discrepância entre o valor arrecadado e o efetivamente doado caracterizaria a fraude.

Repercussão e defesa

Chiara Ferragni, que é mãe de dois filhos e uma das influenciadoras mais populares da Itália com mais de 28 milhões de seguidores no Instagram, nega veementemente as acusações. Em declaração no tribunal, a digital influencer afirmou: "Nós fizemos tudo de boa fé, ninguém lucrou com isso".

Apesar de manter sua inocência, Ferragni aceitou fechar um acordo para ressarcir as pessoas afetadas pela suposta fraude. Em seu perfil no Instagram, onde costuma compartilhar sua rotina, viagens e dicas de moda, a influenciadora ainda não se manifestou publicamente sobre o mais recente desenvolvimento processual.

Impacto no mundo das influenciadoras

Este caso levanta importantes questões sobre a transparência nas campanhas beneficentes promovidas por personalidades digitais. O processo contra Chiara Ferragni ocorre em um momento de crescente escrutínio público sobre as práticas comerciais de influenciadores e a veracidade de suas promessas de doações.

O Ministério Público de Milão demonstrou determinação em responsabilizar a influenciadora, solicitando uma pena de prisão efetiva, o que indica a seriedade com que as autoridades italiais estão tratando o caso.

O desfecho deste processo poderá estabelecer importantes precedentes para a regulamentação de campanhas beneficentes promovidas por figuras públicas e influenciadores digitais em toda a Europa.