Tragédia internacional: Brasileira de 69 anos é vítima fatal em Buenos Aires
A comunidade goiana está de luto pela perda de Maria Vilma das Dores Cascalho da Silva, de 69 anos, servidora aposentada do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). A brasileira faleceu após ser violentamente atacada por um morador de rua na capital argentina, Buenos Aires.
Detalhes do crime que chocou a família
O incidente ocorreu na quinta-feira (6), quando Maria Vilma saía para realizar um pagamento de rotina. Segundo relatos da família à reportagem, ela estava indo pagar o aluguel do apartamento onde mora sua filha, que estuda medicina na Argentina.
Paula Lima, sobrinha da vítima que viajou de Goiânia para prestar apoio à família, contou que a tia sofreu uma queda durante o ataque e bateu a cabeça com força. "Ela foi levada para o hospital com vida. Minha prima chegou a ver minha tia consciente no hospital, mas durante a madrugada seu estado se agravou e ela não resistiu", relatou Paula em entrevista.
O diagnóstico médico confirmou que a idosa sofreu traumatismo craniano grave, lesão que acabou levando à sua morte.
Suspeito já estava preso por outros crimes
As investigações da polícia argentina revelaram que o agressor não parou após atacar Maria Vilma. Pouco depois de deixar a brasileira ferida, o mesmo homem agrediu outra pessoa, o que resultou em sua prisão pelas autoridades locais.
"A polícia nos informou que depois que ele agrediu minha tia, partiu para outra agressão e foi preso em flagrante", explicou a sobrinha. O motivo exato do crime ainda permanece incerto, segundo as informações repassadas à família.
Angústia familiar pelo traslado do corpo
A família enfrenta agora a dolorosa espera pela liberação do corpo para o traslado ao Brasil. A autópsia está marcada para a próxima quarta-feira (12), mas não há previsão concreta de quando o corpo será liberado.
Paula Lima expressou a angústia que todos estão sentindo: "Minha prima está desesperada, porque ela só quer levar a mãe dela para casa". A preocupação aumenta porque a polícia argentina alertou que, em certos casos durante investigações, pode ser necessário enterrar a pessoa localmente.
Maria Vilma tinha o costume de passar seis meses por ano na Argentina visitando a filha, tendo chegado ao país em julho. A formatura da filha em medicina estava programada para o próximo mês, tornando a tragédia ainda mais dolorosa para a família.
A família recebe apoio do Consulado Brasileiro e do Governo de Goiás, especialmente na parte documental, mas todos os custos financeiros ficaram por conta dos familiares, com ajuda de amigos e conhecidos.
"Fomos ao consulado e eles foram muito solícitos, prestaram muitas informações para nós. O Governo de Goiás se dispôs a ajudar, pelo menos com a parte documental", afirmou Paula Lima.
Toda a família é natural de Goiânia, e a prioridade absoluta neste momento é trazer Maria Vilma de volta ao Brasil para seu descanso final entre os seus.