
O silêncio da manhã colombiana foi quebrado por estrondos que ecoaram como trovões em dia de tempestade. Primeiro em Bogotá, depois em Cali — duas explosões que transformaram rotina em caos, deixando um rastro de destruição e 19 vidas perdidas. As cenas pareciam saídas de um filme de terror, mas eram dolorosamente reais.
O governo colombiano não perdeu tempo. As investigações — e olha, elas foram rápidas mesmo — apontaram para onde muitos já suspeitavam: dissidentes das FARC. Esses caras, que teimam em não aceitar o acordo de paz de 2016, parecem determinados a escrever capítulos sangrentos na história do país.
O que se sabe sobre os ataques
Duas bombas. Dois alvos estratégicos. A primeira detonou num terminal de transporte em Bogotá — um lugar cheio de gente comum, trabalhadores, estudantes, turistas. A segunda, horas depois, em Cali, num distrito comercial. Coordenação? Parece óbvio que sim.
Os números são de cortar o coração: 19 mortos (sim, dezenove vidas interrompidas brutalmente) e mais de 40 feridos. Entre as vítimas, colombianos e estrangeiros — porque o terror não escolhe nacionalidade.
Quem são os suspeitos?
As autoridades colombianas cravaram o nome: dissidentes das FARC. Mas não aquela FARC que assinou o acordo de paz — estamos falando de facções que rasgaram esse documento e continuam na guerra. Especificamente, a chamada Segunda Marquetalia, liderada por Iván Márquez (que, pasmem, já foi chefe dos negociadores do acordo de paz).
E sabe o que é mais revoltante? Esses grupos não só rejeitaram a paz como expandiram suas operações — tráfico de drogas, mineração ilegal, extorsão. E agora, ataques terroristas.
O contexto político
Ah, a política… Sempre presente. O presidente Gustavo Petro — sim, o mesmo que prometeu “paz total” — agora enfrenta seu pior pesadelo. Sua estratégia de diálogo com grupos armados está sendo testada com fogo e sangue. E os críticos já estão com facas afiadas.
O timing não poderia ser pior. Enquanto o governo tenta negociar, os dissidentes respondem com bombas. Uma mensagem clara: não estamos interessados em conversas.
Reações internacionais
O mundo olhou para a Colômbia com horror. Estados Unidos, União Europeia, países latino-americanos — todos condenaram os ataques. Solidariedade é bonita, mas o que vai acontecer agora? Haverá apoio militar? Pressão diplomática? Ninguém sabe ao certo.
Uma coisa é clara: a comunidade internacional não pode ignorar que o terrorismo na Colômbia é uma ameaça regional — e talvez global.
Enquanto as famílias choram seus mortos, o governo colombiano promete uma resposta “implacável”. Mas contra um inimigo fantasma, que se esconde nas selvas e nas cidades, o que significa implacabilidade? Mais tropas? Mais inteligência? Mais diálogo? O paradoxo é doloroso.
O que restou foram perguntas. Perguntas sobre paz, sobre guerra, sobre o futuro de um país que já sofreu demais. E uma certeza: as cicatrizes desses ataques vão durar gerações.