
Parece que alguém resolveu dar uma de "esperto" — e acabou se dando mal. Um servidor da Receita Federal está no centro de uma investigação policial por, pasmem, se passar por auditor fiscal e extorquir motoristas que trafegavam pela BR-262, em Mato Grosso do Sul. O caso veio à tona depois que várias vítimas relataram abordagens suspeitas.
Segundo informações, o indivíduo — cujo nome ainda não foi divulgado — agia como um verdadeiro "fiscal de mentirinha". Ele parava caminhões e veículos pesados, alegando irregularidades fiscais e, claro, oferecia um "jeitinho" para resolver a situação. O preço? Um bom dinheiro em espécie, é claro.
Como a farsa foi descoberta
Não demorou para que os primeiros motoristas desconfiassem. Afinal, um auditor da Receita Federal agindo sozinho em plena rodovia, sem identificação adequada e com um discurso cheio de furos? Algo não batia. Alguns até relataram que o "fiscal" parecia mais nervoso que eles durante as abordagens — e olha que isso é dizer muito.
As denúncias chegaram à Polícia Federal, que iniciou uma investigação discreta. Com o tempo, descobriram que o suposto auditor:
- Não tinha autorização para realizar fiscalizações na região
- Usava uma linguagem técnica cheia de erros
- Sempre pedia o "acerto" em dinheiro vivo, sem qualquer documento
Detalhe curioso: em algumas abordagens, ele chegou a vestir um colete que lembrava o usado pelos agentes fiscais — mas que, segundo testemunhas, parecia mais algo comprado em uma loja de fantasias.
O que diz a Receita Federal
Quando questionada, a Receita Federal foi enfática: não compactua com esse tipo de prática e está colaborando com as investigações. Em nota, o órgão esclareceu que suas fiscalizações seguem protocolos rígidos e que nenhum auditor atua sozinho em operações rodoviárias.
"Nossos agentes sempre se identificam adequadamente e nunca solicitam pagamentos em espécie", destacou um porta-voz, visivelmente irritado com a situação. A Receita ainda orientou os cidadãos a desconfiarem de abordagens irregulares e a registrarem imediatamente qualquer caso suspeito.
E agora, José?
O servidor em questão — que, ironicamente, deveria combater esse tipo de crime — pode responder por vários delitos, incluindo:
- Estelionato
- Exercício ilegal de função pública
- Extorsão
- Falsidade ideológica
Se condenado, ele pode pegar até 10 anos de cadeia — sem direito a "jeitinho" dessa vez. Enquanto isso, a PF segue coletando provas e buscando outras possíveis vítimas. Afinal, é provável que esse não tenha sido seu primeiro (ou único) golpe.
Moral da história? Na próxima vez que um "fiscal" te parar na estrada, olhe bem — pode ser só mais um malandro querendo tirar vantagem. E como diz o ditado: "contra a esperteza, a lei é clara".