Uma ação de rotina da Polícia Rodoviária Federal no interior do Acre resultou na apreensão de uma carga significativa de medicamentos e produtos eletrônicos contrabandeados. A operação aconteceu na quarta-feira, 17 de abril, no quilômetro 729 da BR-364, em Cruzeiro do Sul.
Carga irregular em caminhão interceptada
Durante a fiscalização, os agentes abordaram um caminhão e encontraram 22 caixas de canetas de Mounjaro, um medicamento injetável para emagrecimento, armazenadas de forma irregular. Os produtos não possuíam identificação nem nota fiscal, caracterizando transporte ilegal.
As canetas estavam acondicionadas em uma pequena caixa de isopor, sem a refrigeração adequada necessária para a conservação desse tipo de medicamento. Além do Mounjaro, a carga incluía outras substâncias como tirzepatida, retratutide e duas unidades de tetratutide.
Eletrônicos estrangeiros sem documentação
A apreensão não se limitou aos medicamentos. Os policiais também encontraram uma variedade de produtos eletrônicos de origem estrangeira sem qualquer documentação que comprovasse sua regularidade. Entre os itens estavam:
- Celulares
- Fones de ouvido
- Patinetes elétricos
Toda a mercadoria tinha como destino final a venda, e estava sendo transportada com o claro objetivo de sonegar impostos, configurando o crime de descaminho.
Enquadramento legal e destino da carga
Devido à natureza dos produtos, a operação configurou mais de um tipo penal. Enquanto o transporte para fugir do pagamento de impostos caracteriza descaminho, os medicamentos de origem estrangeira sem autorização sanitária também se enquadram no crime de contrabando.
Por se tratarem de crimes de competência federal, toda a carga apreendida foi encaminhada à Polícia Federal em Cruzeiro do Sul para as devidas providências legais. O motorista e seu ajudante, que afirmaram apenas transportar as caixas sem serem os proprietários do material, foram ouvidos no procedimento.
A PRF-AC reforça que operações como essa são fundamentais para coibir a entrada irregular de produtos no país, que além de fraudar o fisco, pode colocar em risco a saúde da população, especialmente no caso de medicamentos que necessitam de controle e armazenamento específicos.