Era mais um dia comum no movimentado aeroporto de Imperatriz, no sul do Maranhão, quando agentes da Polícia Federal perceberam algo que não batia. Uma carga discreta, mas que escondia um segredo valioso — e totalmente ilegal.
O que parecia ser uma remessa comum revelou-se um verdadeiro tesouro clandestino: centenas de celulares e perfumes importados que vinham direto do Paraguai, sem qualquer autorização para entrar no Brasil. A operação, realizada na última quinta-feira (2), pegou de surpresa quem achava que podia burlar a fiscalização.
Os números por trás da apreensão
A PF não divulgou o valor exato, mas especialistas que analisaram o caso estimam que os produtos apreendidos valiam centenas de milhares de reais. Só de aparelhos celulares, eram tantas unidades que os agentes precisaram de várias caixas para armazenar tudo adequadamente.
Os perfumes — todos de marcas internacionais famosas — chegavam em suas embalagens originais, mas com uma pequena diferença: nenhum deles tinha a documentação necessária para circular legalmente no mercado brasileiro.
Como funcionava o esquema?
Parece brincadeira, mas a criatividade dos contrabandistas é impressionante. Eles usavam o aeroporto de Imperatriz como ponto de entrada precisely porque imaginavam que a fiscalização seria menos rigorosa que em grandes centros como São Paulo ou Rio.
Os produtos chegavam em voos comerciais, misturados com bagagens legítimas — uma tentativa clara de camuflar a operação ilegal. A PF, no entanto, já suspeitava desse modus operandi há algumas semanas e montou uma operação específica para interceptar a carga.
E agora, o que acontece?
Os produtos apreendidos foram encaminhados para um depósito da Receita Federal em Imperatriz. Enquanto isso, a Polícia Federal já iniciou investigações para identificar os responsáveis pela tentativa de contrabando.
Se forem encontrados, eles podem responder por crimes de contrabando e descaminho, com penas que variam de 2 a 5 anos de prisão, além do pagamento de multas que podem superar o valor dos próprios produtos apreendidos.
Um detalhe curioso: os agentes notaram que muitos dos aparelhos eram modelos recentes, que custam fortunas nas lojas brasileiras. Já os perfumes incluíam fragrâncias que são verdadeira febre entre os brasileiros — o que explica o interesse em trazê-los ilegalmente.
A operação serve como alerta para quem pensa que pode burlar a lei. A PF tem aumentado a fiscalização em aeroportos regionais, justamente para cobertar esse tipo de prática. E pelo visto, a estratégia está funcionando.
