O banqueiro Daniel Vorcaro foi preso pela Polícia Federal na noite de segunda-feira, 17 de novembro de 2025, quando tentava embarcar em um voo com destino a Dubai. A prisão ocorreu horas após sua defesa ter protocolado um pedido de vista do processo na Justiça.
Estratégia da defesa não foi suficiente
Segundo informações do Radar Econômico, a defesa do banqueiro havia tomado providências legais antes da prisão. Na mesma segunda-feira, os advogados protocolavam um pedido de vista do processo e colocavam Vorcaro à disposição para eventuais oitivas. No entanto, a ação não foi suficiente para evitar a prisão.
O advogado Roberto Podval, um dos defensores de Vorcaro, afirmou que seu cliente não tinha intenção de fugir. "Vorcaro não tem o perfil de ser foragido. Ele estava embarcando para fechar negócio", explicou Podval em entrevista.
Pressa na venda do banco
A defesa sustenta que a viagem a Dubai tinha como objetivo principal a venda do banco, operação que Vorcaro via como solução para seus problemas. O banqueiro acreditava que, vendendo a instituição financeira, resolveria as questões com o Banco Central e sanaria suas dificuldades pessoais.
Roberto Podval detalhou o pensamento de seu cliente: "Vendo o banco, não dou prejuízo ao Banco Central e resolvo meus problemas. Era o que ele estava pensando, com cabeça de empresário". O advogado ainda revelou que, se consultado, teria recomendado que Vorcaro não viajasse.
Operação antecipada
A prisão ocorreu de forma surpreendente para a defesa. Podval alega que a Polícia Federal antecipou a operação para prender Vorcaro antes que ele pudesse embarcar. Segundo o advogado, se o banqueiro tivesse permanecido no país, seria preso no dia seguinte.
O caso continua sob análise judicial, enquanto a defesa trabalha para reverter a situação de Vorcaro. A tentativa de viagem internacional em meio a um processo judicial complicou significativamente a posição do banqueiro perante as autoridades.
