Dono de empresa condenado por golpe milionário em hortaliças recebe prisão domiciliar na Paraíba
Golpe milionário em hortaliças: prisão domiciliar na PB

Um empresário condenado por aplicar um golpe milionário no setor de hortaliças na Paraíba teve sua prisão convertida para o regime domiciliar pela Justiça. A decisão, que gerou repercussão no meio jurídico e no agronegócio local, envolve um prejuízo estimado em R$ 1,5 milhão aos agricultores da região.

Os detalhes do esquema fraudulento

O empresário, identificado como José Ricardo Dantas, foi condenado a 14 anos de prisão por crimes de estelionato qualificado e formação de quadrilha. Segundo as investigações, ele operava uma empresa fictícia que prometia fornecer mudas de hortaliças e insumos agrícolas que nunca eram entregues.

O modus operandi do golpe incluía:

  • Contratação de funcionários para dar aparência de legitimidade à empresa
  • Propaganda enganosa sobre a qualidade dos produtos
  • Promessas de prazos de entrega irreais
  • Uso de documentos falsos para convencer as vítimas

A decisão judicial polêmica

A conversão para prisão domiciliar foi concedida pelo Tribunal de Justiça da Paraíba sob a alegação de que o empresário não oferece riscos à sociedade e tem endereço fixo. Entretanto, a decisão estabeleceu condições rigorosas:

  1. Uso de tornozeleira eletrônica
  2. Proibição de mudança de endereço sem autorização judicial
  3. Comparecimento periódico à Justiça
  4. Proibição de contato com as vítimas

Impacto no agronegócio paraibano

O caso expõe as vulnerabilidades do setor agrícola paraibano frente a golpes financeiros. Muitos dos agricultores afetados eram pequenos produtores que investiram suas economias na esperança de melhorar sua produção.

"Esse tipo de crime causa um dano irreparável à confiança no setor e prejudica o desenvolvimento do agronegócio na região", comentou um especialista em direito agrário que acompanha o caso.

As investigações apontam que o esquema operava há pelo menos dois anos antes de ser desmantelado pela polícia. O Ministério Público já anunciou que recorrerá da decisão que concedeu a prisão domiciliar.