Golpe de R$ 500 mil: suspeito morava com vítima em São José do Rio Preto
Golpe de R$ 500 mil aplicado por homem que morava com vítima

Um empresário de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, foi vítima de um elaborado golpe financeiro que resultou em um prejuízo de R$ 500 mil. A investigação policial revelou que o autor do crime morava na mesma residência que a vítima, aproveitando a convivência para aplicar a fraude.

Detalhes da investigação

De acordo com o Setor Especializado no Combate à Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold), o suspeito de 38 anos já teria feito outras vítimas em diferentes estados brasileiros. A polícia estima que o prejuízo total causado pelo criminoso ultrapasse R$ 8 milhões.

O investigado confessou durante interrogatório que utilizou o dinheiro obtido ilegalmente para quitar dívidas pessoais e manter o esquema fraudulento. A polícia apreendeu os equipamentos utilizados nas fraudes, incluindo celular, notebook e máquina de cartão de crédito.

Como o golpe funcionava

O empresário de 62 anos relatou à polícia no último sábado (22) que havia feito cursos para se habilitar em trading - negociação de ativos financeiros na bolsa de valores - e chegou a obter supostos lucros de aproximadamente R$ 375 mil na plataforma internacional.

Contudo, ao tentar sacar o valor, foi impedido pelo próprio site, que começou a alegar a necessidade de pagamento de impostos no valor de R$ 130 mil. Falsos servidores da Receita Federal reforçavam a informação, dizendo que o pagamento era obrigatório conforme constava no contrato.

O suspeito mantinha a fraude afirmando que os valores estariam "bloqueados" na plataforma de investimentos e que bastava a vítima pagar os impostos para liberar o resgate. Diante das informações, o empresário realizou todos os pagamentos solicitados.

Desfecho do caso

O suspeito, que veio do Nordeste para Rio Preto em busca de trabalho, foi identificado e localizado pela equipe policial. Durante os procedimentos, ele admitiu ter aplicado golpes semelhantes em outras ocasiões.

Apesar das confissões, o investigado foi ouvido e liberado após o interrogatório. O caso continua sob investigação do Seccold, que busca identificar outras possíveis vítimas do mesmo golpe em diferentes regiões do país.