A Polícia Civil de Mato Grosso desvendou um sofisticado esquema de desvio de recursos que resultou em um prejuízo de aproximadamente R$ 1,1 milhão para uma empresa de segurança privada sediada em Cuiabá. A fraude foi descoberta após uma auditoria interna da própria companhia, que identificou graves inconsistências nas movimentações financeiras.
Como funcionava o esquema de fraude contábil
De acordo com as investigações, funcionários da empresa aproveitaram as funções que exerciam para cometer fraudes contábeis. Eles simulavam operações financeiras que, na prática, não existiam, criando um caminho para o desvio sistemático de valores ao longo de vários meses. O dinheiro subtraído não ficava parado.
Os investigadores apuraram que os criminosos utilizavam plataformas de apostas online para lavar os recursos. Esse método permitia que os valores desviados fossem reintroduzidos na economia formal, mascarando sua origem ilícita e fazendo-os parecer como ganhos legítimos de jogos de azar.
Operação policial e apreensões
Para desarticular o esquema, a polícia deflagrou uma operação que cumpriu 18 ordens judiciais. Entre elas, estavam mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, além de medidas para sequestrar bens móveis e imóveis adquiridos com o dinheiro desviado.
O resultado prático da ação foi significativo:
- Apreensão de três veículos, suspeitos de terem sido comprados com recursos provenientes da fraude.
- Recolhimento de uma grande quantidade de documentos, mídias digitais e outros materiais considerados cruciais para o andamento das investigações.
As buscas foram realizadas nas casas dos suspeitos, com o objetivo de encontrar provas concretas que ligassem os investigados aos crimes de desvio e lavagem de dinheiro.
Investigações continuam e prejuízo é milionário
A Polícia Civil ressaltou que as investigações seguem em andamento para apurar a possível participação de outras pessoas no esquema criminoso. O montante desviado, próximo de R$ 1,1 milhão, evidencia a dimensão do prejuízo causado à empresa de segurança.
O caso começou a ser desmontado a partir de uma auditoria interna da própria empresa vitimada, que ao notar as irregularidades, acionou as autoridades policiais. A cooperação entre o setor privado e a polícia foi fundamental para a identificação e a repressão ao crime organizado dentro da empresa.