Filha suspeita de fazer empréstimo de R$ 17 mil no nome da mãe idosa vai à polícia denunciar irmãos por abandono material
Filha investigada por empréstimo de R$ 17k denuncia irmãos

Um caso que mistura suposto crime financeiro e acusações de abandono de idoso está sendo investigado pela Polícia Civil do Tocantins. A situação envolve três irmãos e sua mãe de 74 anos, revelando um drama familiar com nuances surpreendentes.

Duas investigações em uma única família

De acordo com o delegado Fábio Moura, uma mulher de 39 anos compareceu voluntariamente à delegacia para prestar esclarecimentos sobre uma denúncia grave: ela seria a autora de um empréstimo consignado de R$ 17 mil contraído no nome da própria mãe, uma idosa de 74 anos.

O valor teria sido sacado em maio deste ano através de um banco tradicional, mas o fato só veio à tona recentemente, quando a família descobriu a dívida.

A reviravolta: a acusada que vira denunciante

Em uma reviravolta surpreendente, durante seu depoimento, a mulher que era investigada pelo empréstimo decidiu formalizar uma denúncia contra seus dois irmãos. Ela alega que eles praticaram abandono material contra a mãe idosa.

Segundo a denúncia, os irmãos estariam negando assistência e cuidados necessários à genitora, que se encontra em situação de vulnerabilidade devido à idade avançada.

O que diz a polícia sobre o caso

O delegado Fábio Moura explicou que a mulher prestou esclarecimentos de forma espontânea e que o caso está sendo tratado com a seriedade necessária. "Ela veio à delegacia e prestou esclarecimentos acerca dessa denúncia de que ela teria feito esse empréstimo no valor de R$ 17 mil no nome da mãe", afirmou a autoridade policial.

A investigação agora segue em duas frentes distintas: apurar a autoria do empréstimo bancário e verificar a veracidade das acusações de abandono material.

As consequências legais

Se comprovada a autoria do empréstimo fraudulento, a investigada pode responder por crime de estelionato. Já as acusações de abandono material contra os irmãos, se confirmadas, configuram violação do Estatuto do Idoso, com penas que podem incluir detenção e multa.

O caso serve como alerta para famílias sobre a importância dos cuidados com idosos e os riscos de transações financeiras realizadas sem o consentimento adequado.