
Imagine a cena: um sujeito de terno, falando difícil, prometendo resolver problemas judiciais com uma canetada. Só que, no fim das contas, o único problema que ele resolvia era o dele mesmo — enchendo os bolsos às custas de quem menos pode se defender.
Foi assim que um falso advogado agiu no Rio Grande do Norte, aplicando golpes em mulheres idosas e desviando mais de R$ 100 mil. A história, que parece roteiro de filme, terminou com ele atrás das grades.
O modus operandi
O golpista — que nem diploma de Direito tinha — se apresentava como especialista em causas trabalhistas e previdenciárias. Convencia as vítimas (todas acima de 60 anos) de que poderia reverter situações jurídicas em troca de adiantamentos em dinheiro.
- Falsificava documentos
- Inventava processos inexistentes
- Sumia com o dinheiro após receber
Detalhe cruel: escolhia idosas de baixa renda, que mal sabiam como funcionava o sistema judiciário. "Ele se aproveitava da vulnerabilidade e da esperança delas", comentou um delegado envolvido no caso.
Queda inevitável
Depois de meses agindo, o destino pregou uma peça no impostor. Uma das vítimas — mais esperta que ele imaginava — decidiu verificar no tribunal se o tal "processo" realmente existia. Spoiler: não existia.
A partir daí, a casa caiu:
- Denúncia no Ministério Público
- Investigação da Polícia Civil
- Provas irrefutáveis de fraude
Na sentença, o juiz não teve dó: além da prisão, terá que devolver cada centavo roubado. "Crimes contra idosos são especialmente repugnantes", destacou na decisão.
E agora? Enquanto ele reflete na cadeia sobre suas escolhas, as vítimas tentam reconstruir não só as finanças, mas a confiança em pessoas — algo que dinheiro nenhum devolve.