Ex-funcionário é preso por desvio milionário em empresa de energia e provoca: 'Quer olhar meu bolso?'
Ex-funcionário preso por desvio milionário na CEEE

Que cara de pau, hein? O ex-funcionário público Cláudio Brito de Oliveira, de 59 anos, não perdeu a pose nem na hora mais complicada. Quando os agentes da Polícia Civil bateram à sua porta para prendê-lo por um desvio que beira os impressionantes R$ 1,2 milhão dos cofres da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), ele soltou uma das frases mais cômicas — ou seria cínica? — que um detento já pronunciou: "Quer olhar meu bolso?"

Pois é, a situação é séria, mas parece que o humor negro do suspeito não entrou em folga. O caso, que já virou tema de conversas pelo estado, remonta a um esquema que teria sido arquitetado entre 2019 e 2021, período em que Oliveira atuava como servidor na empresa pública.

Como o esquema funcionava?

Detalhe curioso — e alarmante: segundo as investigações, o ex-funcionário teria usado seu conhecimento interno para redirecionar valores de notas fiscais de fornecedores para contas de empresas de fachada. Uma delas, a "JR Assessoria e Consultoria Empresarial", estaria sob o nome da própria esposa dele. Conveniente, não?

O delegado Rodrigo Zampieri, que comanda as apurações, foi direto ao ponto: "Ele se aproveitou da posição que ocupava para desviar recursos através de empresas fantasmas". E olha que a quantia não foi pouca: mais de R$ 1,2 milhão sumiu dos cofres públicos como num passe de mágica — só que, nesse caso, a mágica tinha gosto de crime.

A prisão em imagem

A cena da prisão, registrada em vídeo, mostra Oliveira sendo conduzido algemado enquanto conversa com os policiais. "Vamos lá, quer olhar meu bolso?", provocou, como se a situação fosse uma simples brincadeira entre amigos. A ironia, no entanto, não impediu que ele fosse encaminhado direto ao Presídio Central de Porto Alegre.

Ah, e tem mais: além da prisão preventiva decretada pela Justiça, os investigadores conseguiram um bloqueio de R$ 500 mil nos bens do acusado — uma tentativa de recuperar pelo menos parte do prejuízo.

O que diz a defesa?

Até o momento, o advogado de Oliveira não se manifestou publicamente. Resta saber se, diante das evidências, a estratégia será manter o tom descontraído ou adotar uma postura mais convencional.

Enquanto isso, o caso segue como um alerta — e um exemplo de como a ousadia de alguns pode chegar a limites surreais. A pergunta que fica é: será que o humor irônico resiste aos longos trâmites judiciais que estão por vir?