Polícia Civil prende 2 por golpes financeiros em Belém; 17 vítimas identificadas
Dupla presa por estelionato em Belém na Operação Dólus

Nesta terça-feira, 2 de julho, a Polícia Civil do Pará deflagrou uma ação para combater uma organização criminosa especializada em aplicar golpes financeiros na capital paraense. Batizada de Operação Dólus, a iniciativa resultou na prisão de duas pessoas e na apreensão de diversos itens de interesse das investigações.

Mandados cumpridos e esquema desmontado

A força-tarefa, coordenada pela Delegacia do Consumidor (Decon), vinculada à Divisão de Investigações Especiais (Dioe), cumpriu dois mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas no âmbito de investigações por crimes de estelionato, associação criminosa e ameaça.

As diligências ocorreram em três endereços residenciais dos investigados e também na sede de uma empresa administrada por um dos suspeitos. No total, duas pessoas foram presas e os policiais apreenderam três máquinas de cartão de crédito, um aparelho celular e cartões bancários de diversas instituições.

O modus operandi do golpe financeiro

De acordo com as investigações, a empresa envolvida se passava por uma prestadora de serviços de consultoria e assessoria financeira. No entanto, sua real atividade era aplicar golpes contra consumidores, induzindo-os ao erro.

O delegado Yuri Vilanova, titular da Decon, explicou o mecanismo da fraude. Inicialmente, as vítimas eram levadas a acreditar que estavam contratando um financiamento ou consórcio, realizando pagamentos referentes à entrada do negócio. O contrato assinado, porém, era na verdade de prestação de serviços.

“Posteriormente, as vítimas tinham conhecimento que os valores pagos de entrada do suposto financiamento, na verdade, eram pagos em contrapartida ao falso ‘serviço de consultoria e assessoria’”, detalhou o delegado. Até o momento, mais de 17 vítimas já foram identificadas pelos investigadores.

Andamento do caso e próximos passos

Após a conclusão dos procedimentos policiais, os dois suspeitos presos foram colocados à disposição do Poder Judiciário. As investigações, contudo, não estão encerradas.

A Polícia Civil continua trabalhando para localizar outros envolvidos no esquema criminoso. Um terceiro investigado, cujo paradeiro é de interesse das autoridades, estaria atualmente no estado de Santa Catarina, e os esforços para encontrá-lo seguem em andamento.

A operação reforça o alerta para que a população redobre a atenção na hora de fechar contratos de natureza financeira, verificando minuciosamente os detalhes e a idoneidade das empresas antes de qualquer pagamento.