Pai e filho presos por golpes imobiliários e de veículos na Paraíba
Dupla é presa por fraudes imobiliárias e de veículos na PB

A Polícia Civil da Paraíba prendeu, no último final de semana, um pai e seu filho suspeitos de atuar em uma série de fraudes envolvendo imóveis e veículos, principalmente na cidade de Campina Grande. As prisões ocorreram em municípios diferentes, marcando o desfecho de uma investigação conduzida pela Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF).

Operação resulta em duas prisões

As ações policiais aconteceram em dias consecutivos. O primeiro suspeito foi detido no sábado, 29 de junho, em João Pessoa. Já o segundo integrante da dupla foi localizado e preso no domingo, 30 de junho, na cidade de Riachão do Bacamarte. A investigação aponta que os homens, atuando em conjunto, aplicaram dezenas de golpes contra vítimas que residem na região de Campina Grande.

Modus operandi dos golpes

Os investigados utilizavam as redes sociais para anunciar imóveis para aluguel. O grande problema é que os apartamentos e casas anunciados pertenciam a outras pessoas, que não tinham qualquer conhecimento sobre as negociações. Os golpistas se passavam pelos proprietários legítimos e exigiam o pagamento de um valor como "sinal" para reservar o imóvel.

Conforme explicou o delegado João Joaldo, as vítimas realizavam o pagamento, mas nunca recebiam as chaves para ocupar os locais, ficando completamente no prejuízo. Em paralelo, a dupla também atuava em fraudes com veículos automotores.

Nesse esquema, as vítimas entregavam seus carros e a documentação aos investigados com a promessa de venda, troca ou financiamento. Os veículos, então, eram revendidos a terceiros ou usados para obter crédito, e os valores nunca eram repassados aos donos originais.

Alertas e consequências jurídicas

Diante da atuação de criminosos no setor, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Paraíba (CRECI-PB) emitiu um alerta oficial para todos os profissionais e empresas do mercado imobiliário do estado. O comunicado visa prevenir que mais corretores sejam enganados por golpistas que se fazem passar por proprietários.

Os dois presos devem responder judicialmente pelos crimes de estelionato mediante fraude eletrônica, que tem pena prevista de quatro a oito anos de prisão mais multa, e por falsidade ideológica, com pena de um a cinco anos de detenção, também com aplicação de multa. A Polícia Civil reforça que a ação faz parte de sua missão de proteger os interesses da sociedade e combater riscos à segurança da população.