Dono do Banco Master é solto após 12 dias com tornozeleira eletrônica
Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, é solto

Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, recuperou a liberdade neste sábado, 29 de novembro de 2025, após cumprir 12 dias de prisão preventiva. A soltura foi autorizada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e implementada mediante medidas cautelares rigorosas.

Decisão judicial e medidas impostas

O desembargador Solange Salgado da Silva assinou a decisão de libertação na sexta-feira, 28 de novembro. Vorcaro e outros quatro diretores do Banco Master tiveram a prisão revogada, mas precisarão cumprir condições específicas estabelecidas pela Justiça.

Entre as determinações judiciais está o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica para monitoramento constante. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo confirmou que a vigilância eletrônica será realizada pelo Centro de Controle e Operações Penitenciárias da Polícia Penal do Estado.

Os outros executivos beneficiados com a soltura são:

  • Augusto Ferreira Lima
  • Luiz Antônio Bull
  • Alberto Felix de Oliveira Neto
  • Ângelo Antônio Ribeiro da Silva

Operação Compliance Zero e as acusações

A prisão de Vorcaro ocorreu no dia 17 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Compliance Zero. As investigações apontam para um esquema de venda de títulos de crédito falsos que pode ter movimentado aproximadamente 12 bilhões de reais.

Esse valor coloca o caso entre as maiores fraudes financeiras já registradas no Brasil. No dia seguinte às prisões, o Banco Central determinou a liquidação extrajudicial do Banco Master, medida que afetou significativamente o mercado financeiro brasileiro.

Contexto e próximos passos

Daniel Vorcaro estava detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) 2 de Guarulhos desde sua prisão. A soltura não significa o arquivamento do caso, mas sim uma mudança nas medidas cautelares enquanto as investigações e processos judiciais continuam.

As autoridades mantêm o monitoramento sobre todos os envolvidos, e as investigações sobre a fraude de 12 bilhões de reais seguem em andamento. O caso continua sendo acompanhado de perto pelos órgãos reguladores e pelo sistema judiciário brasileiro.