Operação da PF prende suspeito por crimes contra crianças e adolescentes
A Polícia Federal realizou na manhã de quarta-feira (19) a prisão em flagrante de um homem de 46 anos, identificado como ator e produtor de eventos, por armazenar conteúdo de abuso sexual infantil. A ação ocorreu no Recife e foi divulgada oficialmente pela PF na madrugada desta sexta-feira (21).
O indivíduo foi detido durante a Operação Desenrolado, que investiga crimes sexuais contra crianças e adolescentes praticados por meio da internet. A prisão aconteceu especificamente no bairro de Campo Grande, situado na Zona Norte da capital pernambucana.
Buscas e apreensões em dois endereços
Os policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão em endereços diferentes: um no bairro de Campo Grande e outro em Joana Bezerra, na área central do Recife. Durante as diligências, foram apreendidos diversos equipamentos eletrônicos que podem ter sido utilizados para armazenar o material ilegal.
Entre os itens confiscados estão computadores, notebooks, celulares e mídias de armazenamento. Todos os objetos recolhidos serão submetidos à perícia técnica para identificação de evidências relacionadas aos crimes investigados.
Penalidades podem chegar a 18 anos de prisão
O homem preso poderá responder judicialmente por três tipos de crimes: armazenamento, divulgação e produção de materiais de abuso sexual infantil. As penas somadas podem alcançar 18 anos de reclusão, conforme previsto na legislação brasileira.
A Polícia Federal optou por não divulgar o nome do investigado, preservando assim os procedimentos legais em andamento. As investigações tiveram início em 2024 e envolvem dois inquéritos distintos, com características particulares em cada caso.
Caso envolve extorsão de adolescente estrangeiro
Em uma das investigações, há indícios claros de prática de extorsão. De acordo com a PF, um adolescente estrangeiro foi induzido a enviar imagens íntimas e, posteriormente, passou a ser chantageado pelo criminoso.
Em nota oficial, a Polícia Federal detalhou que o acusado ameaçava "arruinar a vida e a carreira do jovem, por meio da divulgação das imagens produzidas, caso não recebesse pagamento". Este caso específico demonstra a gravidade dos crimes investigados na operação.
A Operação Desenrolado continua em andamento, com a possibilidade de novas diligências e prisões conforme as evidências forem sendo identificadas pelas perícias nos equipamentos apreendidos.
