PF deflagra Operação Intolerans contra hackers de deputados pró-PL Antiaborto
PF faz operação contra hackers de deputados pró-PL Antiaborto

A Polícia Federal (PF) colocou em ação, nesta terça-feira, 2 de dezembro de 2025, uma força-tarefa para combater um grupo de hackers. O alvo da investigação são criminosos digitais que atacaram sites de deputados federais defensores do chamado PL Antiaborto.

Operação Intolerans mira ataques coordenados

Batizada de Operação Intolerans, a iniciativa da PF tem como objetivo principal reprimir e esclarecer uma série de ataques cibernéticos do tipo negação de serviço (DDoS). Essa modalidade de crime inviabiliza o funcionamento de plataformas online, tornando-as indisponíveis.

As investigações apontam que diversos sites de parlamentares que apoiam o projeto de lei foram alvo de ações coordenadas. Os ataques resultaram em instabilidade e períodos de completa inacessibilidade, prejudicando a comunicação institucional e a atuação legislativa dos deputados. As autoridades não divulgaram a quantidade exata nem os nomes dos parlamentares vitimados.

Mandados cumpridos em duas capitais

Nesta fase das investigações, a PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão. As diligências ocorreram em endereços localizados nas cidades de São Paulo e Curitiba. A polícia não informou quantas pessoas são investigadas na operação e ninguém foi preso durante as ações desta terça-feira.

Um aspecto relevante da operação foi o apoio de parceiros estrangeiros, obtido por meio de cooperação jurídica internacional. A Polícia Federal segue com as apurações para identificar todos os envolvidos e garantir a responsabilização dos autores dos ataques cibernéticos.

O que prevê o PL Antiaborto

O projeto de lei que motivou os ataques aos parlamentares propõe um endurecimento significativo da legislação sobre aborto no Brasil. A proposta visa alterar o Código Penal para tratar a interrupção da gravidez realizada após 22 semanas de gestação como homicídio simples.

Caso aprovado, o texto prevê a elevação da pena para esses casos, que poderia chegar a até 20 anos de prisão. O projeto se aplicaria mesmo a situações atualmente autorizadas por lei, como os casos de estupro.