Operação da PF combate crimes digitais contra parlamentares
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (19 de novembro de 2025) uma operação para investigar crimes graves, incluindo apologia ao nazismo, racismo e exposição indevida da intimidade de parlamentares federais. A ação policial ocorreu na cidade de Lajeado, no Rio Grande do Sul, onde foram executados dois mandados de busca e apreensão e um mandado de busca pessoal.
Investigação revela uso de inteligência artificial para deepnudes
O trabalho da PF descobriu que os investigados utilizavam inteligência artificial para produzir imagens de "deepnude" de parlamentares federais. Essas imagens consistem em manipulações digitais que removem virtualmente as roupas das vítimas, violando gravemente sua intimidade e dignidade.
Além dos crimes contra a intimidade dos parlamentares, o perfil dos investigados nas redes sociais apresentava simbologia representativa de "superioridade" racial e alusões ao nazismo, além de diversas postagens de cunho racista. As medidas judiciais foram expedidas pela 5ª Vara Federal de Caxias do Sul.
Senadora Soraya Thronicke pode estar entre as vítimas
Em nota oficial de sua assessoria, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) declarou que não foi informada, até o momento, se figura entre as vítimas dos crimes investigados. A parlamentar reafirmou sua plena confiança no trabalho da Polícia Federal e lembrou que, ao longo do mandato, tem sido alvo recorrente de crimes dessa natureza.
O comunicado mencionou a recente Operação Assédio, também conduzida pela PF, na qual foram apreendidos equipamentos eletrônicos na residência de um suspeito de enviar mensagens de cunho sexual à senadora e a outras mulheres, incluindo uma deputada.
A senadora também revelou que tem sido vítima de ameaças de morte dirigidas a ela e a seus familiares, refletindo práticas criminosas e atitudes sexistas contra mulheres em cargos públicos.
Origem das investigações e possíveis penalidades
O inquérito policial teve início a partir de um procedimento da Polícia Legislativa do Senado Federal, que indicava supostas postagens indevidas em redes sociais. Os investigados poderão responder por crimes de:
- Preconceito de raça ou cor
- Exposição indevida da intimidade sexual
- Apologia ao nazismo
A operação representa mais um capítulo no combate aos crimes digitais que atingem figuras públicas, especialmente mulheres no exercício de cargos políticos, destacando a necessidade de proteção eficaz contra essas novas modalidades delituosas.
