PF desarticula rede de ataques hacker DDoS contra órgãos federais
Operação Power OFF mira criminosos que vendiam ataques DDoS

A Polícia Federal (PF) iniciou uma ação significativa nesta quarta-feira, 3 de abril, contra uma organização criminosa que atuava no mercado clandestino de ataques cibernéticos. O alvo da operação, batizada de Power OFF, era uma associação especializada em vender, sob demanda, serviços ilegais de desestabilização de sites oficiais.

Alvos de alto impacto foram atingidos pelos criminosos

De acordo com as investigações conduzidas pela PF, os suspeitos promoviam ofensivas digitais contra instituições consideradas estratégicas para o país. Entre as vítimas identificadas estão a própria Polícia Federal, o Serpro (Empresa Nacional de Inteligência em Governo Digital e Tecnologia da Informação), a Dataprev e o Centro Integrado de Telemática do Exército Brasileiro. A ação buscou desmantelar a estrutura que permitia esses ataques.

O que são os ataques DDoS e como funcionam os serviços ilegais

O modus operandi do grupo criminoso focava em ataques do tipo DDoS (Distributed Denial of Service), também conhecidos como negação de serviço distribuída. Este método cibernético tem como objetivo principal tornar um serviço online, como um site ou servidor, completamente indisponível para usuários legítimos.

Para isso, os criminosos sobrecarregam o alvo com um volume massivo e simultâneo de tráfego malicioso, originado de múltiplas fontes comprometidas. A venda desses ataques era feita através de plataformas clandestinas na internet, chamadas de booters ou stressers, onde qualquer pessoa podia contratar o serviço para derrubar um site específico.

Operação Power OFF e o combate ao crime cibernético

A deflagração da Operação Power OFF marca um passo importante no combate a crimes digitais sofisticados no Brasil. A investigação revelou uma associação organizada que operava comercializando o caos digital, oferecendo ataques a órgãos vitais da administração pública e da segurança nacional.

A ação policial busca não apenas prender os envolvidos, mas também coletar provas digitais, apreender equipamentos e desarticular a infraestrutura que sustentava esses serviços ilegais. O caso evidencia a crescente profissionalização do crime na internet e a necessidade contínua de aperfeiçoamento das defesas cibernéticas das instituições brasileiras.