Perfil de Chavoso da USP com 1 milhão é excluído do Instagram
Instagram exclui conta de Chavoso da USP

O sociólogo e influenciador digital Thiago Torres, mais conhecido como Chavoso da USP, teve sua conta principal no Instagram desativada repentinamente no domingo (16). O perfil, que acumulava mais de 1 milhão de seguidores, foi removido da plataforma sem qualquer aviso prévio.

Reação imediata e nova exclusão

Diante da situação, o influenciador precisou recorrer a um perfil reserva para se comunicar com seu público. Em suas publicações, Torres demonstrou frustração com a falta de transparência da rede social. "Mais uma conta excluída pelo Instagram, do nada, sem mais nem menos. É muito frustrante. Anos de trabalho para chegar a um milhão de seguidores, para tudo ser descartado assim por essa rede", escreveu ele na segunda-feira (17).

Horas após a criação da conta alternativa, essa também foi desativada pela plataforma. O sociólogo então passou a utilizar um perfil pessoal para continuar se comunicando. "A conta reserva foi derrubada. Absolutamente nenhuma justificativa concreta. Surreal!!! Meus advogados já estão atuando", afirmou em nova publicação.

Contexto político e jurídico

O perfil do influenciador era reconhecido por produzir conteúdo sobre racismo, educação para jovens negros e periféricos, além de críticas sociais ao capitalismo e à extrema direita. Esta não é a primeira vez que Chavoso da USP enfrenta controvérsias.

Em agosto deste ano, o sociólogo foi convocado para prestar esclarecimentos na CPI dos Pancadões na Câmara Municipal de São Paulo, a pedido do vereador Rubinho Nunes (União). Durante a sessão, houve um momento de tensão quando o parlamentar chegou a dar voz de prisão ao influenciador após discordar de suas críticas ao tema em discussão.

Em maio de 2025, Thiago Torres foi condenado a dez meses e 15 dias de prisão em regime aberto por difamação e injúria contra o ex-prefeito de Guarulhos, Gustavo Henric Costa (PSD). A sentença estava relacionada a críticas feitas pelo influenciador após o fechamento da empresa Proguaru, onde sua mãe trabalhava como faxineira. Em dezembro de 2021, aproximadamente 5 mil funcionários foram demitidos durante a gestão do ex-prefeito.

A pena foi convertida em prestação de serviços comunitários, pagamento de indenização de R$ 15 mil, além de multa de R$ 3 mil e honorários advocatícios. A assessoria do Instagram foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou sobre o caso até o momento.