Um homem de 58 anos foi vítima de um elaborado golpe aplicado por criminosos que se passaram por advogados na cidade de São Carlos, interior de São Paulo. O prejuízo financeiro chegou a R$ 11.999 em uma única transferência via PIX realizada na última sexta-feira (28).
Como o golpe foi aplicado
Segundo o boletim de ocorrência registrado no Plantão Policial, a vítima recebeu uma ligação telefônica de um indivíduo que se identificou como sendo seu advogado. O golpista informou falsamente que o homem havia ganho uma ação judicial e que o dinheiro estaria disponível para saque imediato.
Para dar mais credibilidade à história, o estelionatário afirmou que representantes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entrariam em contato para tratar da liberação do valor. Durante a conversa, o criminoso ainda solicitou que a vítima conferisse sua conta bancária, mas diante da recusa, partiu para a abordagem final.
A transferência e a desconfiança
O golpista então exigiu uma transferência imediata de quase R$ 12 mil, alegando que essa quantia seria devolvida integralmente junto com o pagamento da indenização da suposta ação ganha. A vítima, inicialmente convencida pela história, realizou o PIX no valor de R$ 11.999.
Após concretizar a transferência, o homem começou a desconfiar da situação. Ele encerrou a ligação com o golpista, alegando que precisava ir a uma consulta médica, e entrou em contato imediatamente com o escritório de seu verdadeiro advogado.
Investigacao e alerta das autoridades
Ao confirmar com seu advogado real que não havia nenhuma solicitação de pagamento ou contato oficial, a vítima percebeu que havia caído em um golpe. O caso foi registrado no Plantão Policial de São Carlos como estelionato e será investigado pela Polícia Civil. Até o momento, ninguém foi preso.
Conforme nota pública da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), é importante destacar que escritórios de advocacia e órgãos do Judiciário não solicitam pagamentos antecipados via transferência bancária ou PIX para a liberação de valores de processos judiciais.
As autoridades recomendam que, na dúvida, as pessoas desliguem o telefone e liguem para o número oficial de seus advogados para confirmar qualquer informação suspeita.