Jovem de 21 anos cai em golpe de falso delegado e faz 17 transferências via PIX
Golpe de falso delegado faz vítima em São José do Rio Preto

Um jovem de 21 anos, residente em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, foi vítima de um elaborado golpe aplicado por um criminoso que se passou por delegado de polícia. O caso, registrado na Central de Flagrantes da cidade no último sábado (27), resultou em um prejuízo financeiro significativo após a vítima realizar 17 transferências bancárias via PIX.

Como o golpe do falso delegado foi aplicado

Segundo o boletim de ocorrência, a fraude começou quando o homem recebeu uma mensagem no WhatsApp. O remetente se identificou como um delegado de polícia e alegou que a vítima havia mantido um diálogo, por meio de um aplicativo de relacionamentos, com uma pessoa diagnosticada com transtorno do espectro autista.

O falso policial afirmou que, durante essa conversa, a suposta pessoa com autismo teria quebrado um computador pertencente à prefeitura. Com base nessa história inventada, o golpista exigiu o pagamento dos prejuízos através de transferências bancárias.

Ameaças e a execução do estelionato

Para convencer a vítima e aumentar a pressão, o criminoso fez uma grave ameaça. Ele disse que, caso o pagamento não fosse realizado, uma viatura policial seria enviada até a casa do jovem para efetuar sua prisão. Assustado com a possibilidade de ser detido, o homem de 21 anos acabou cedendo às exigências.

Entre sexta-feira (26) e sábado (27), a vítima realizou 17 operações de PIX, com valores que variavam de R$ 100 a R$ 1.974. O montante total do prejuízo não foi divulgado pelas autoridades, mas a sequência de transações indica uma soma considerável.

Vítima nega compartilhamento de fotos e registra BO

Após realizar os pagamentos, o jovem começou a desconfiar da situação e percebeu que havia caído em um golpe. Ele então procurou a polícia para registrar a ocorrência. Em seu depoimento, o homem confirmou que havia conversado com alguém em um aplicativo de relacionamentos, mas negou ter compartilhado qualquer foto pessoal durante o contato.

O caso foi registrado na Central de Flagrantes de São José do Rio Preto sob a classificação de estelionato. As investigações agora estão a cargo da polícia civil, que irá analisar as transações bancárias e tentar rastrear a identidade do golpista que se fez passar por autoridade policial.

Este incidente serve como um alerta para a população sobre os golpes aplicados por falsas autoridades. A polícia legítima nunca solicita pagamentos ou transferências de valores para resolver supostos problemas, especialmente através de aplicativos de mensagem como o WhatsApp. Em caso de dúvida, a orientação é sempre desligar a chamada ou ignorar a mensagem e procurar diretamente uma delegacia para verificar a autenticidade do fato.