
Quem diria que aquelas duas garotas postando dicas de beleza no TikTok em um quarto minúsculo da Zona Oeste do Rio virariam alvo da polícia? Pois é, a vida dá voltas — e algumas bem radicais.
As gêmeas (que prefiro não nomear até a conclusão do processo) começaram sua jornada digital por pura necessidade. Desempregadas, com contas acumulando e um aluguel atrasado, elas transformaram o desespero em conteúdo. "Se não fosse a pandemia, talvez nunca tivéssemos criado coragem", confessou uma delas em live ano passado.
Da fama à investigação
O que começou com tutoriais de maquiagem com produtos baratos virou um império de dicas financeiras — ironicamente, justamente o que as colocou na mira das autoridades. Segundo fontes próximas ao caso, o problema estaria em alguns cursos vendidos como "milagrosos".
Detalhe curioso: as irmãs sempre foram transparentes sobre suas dificuldades. Quem acompanha sabe — elas literalmente construíram a marca em cima da superação. Mas parece que, em algum momento, a linha entre conselhos legítimos e promessas vazias ficou... digamos, borrada.
O que diz a defesa
O advogado delas, em declaração que me soou até sincera, argumenta: "São jovens que erraram na forma, não na intenção". Ele insiste que todo o conteúdo foi baseado em experiências pessoais, não em falsas expertises.
Mas o Ministério Público não comprou a narrativa. A operação desta manhã — com direito a cenas dramáticas filmadas por vizinhos — apreendeu computadores, documentos e, pasmem, uma quantia em espécie que não combina com os rendimentos declarados.
E agora? Bom, enquanto a internet se divide entre #ApoioAsGêmeas e #JustiçaSejaFeita, o certo é que essa história serve de alerta. Nas redes sociais, a linha entre influenciar e iludir pode ser mais tênue do que um filtro do Instagram.